Involução

Tornou-se recorrente a cada jogo do Atlético-MG afirmar que "foi a pior partida do time no ano". À medida em que perde jogadores, Dorival parece mais perdido. Os resultados não aparecem, a pressão aumenta e o Galo já liga o sinal de alerta.

Contra o Grêmio Prudente, Dorival mudou algumas peças mas manteve a formação no 4-2-2-2. Nas laterais, deixou de lado as improvisações mas não ganhou em qualidade. No ataque, manteve o contestado Ricardo Bueno, muito pela falta de opções no setor.

O Grêmio Prudente, lanterna do Campeonato Paulista e virtualmente rebaixado, também atuou no 4-2-2-2. A diferença estava na dinâmica. Os laterais marcavam mas saíam o tempo inteiro para o ataque, principalmente Raí pela esquerda (o melhor do primeiro tempo). Os meias Saldanha e Elivélton, colaboravam na marcação, principalmente recuando pelos lados e dando apoio aos laterais. Na frente, principalmente com Juan, o Prudente incomodava a saída de bola e não permitia que o Galo saísse com facilidade para o ataque.

E assim, forçando o erro atleticano, os paulistas foram infinitamente superiores no primeiro tempo. Abriram o placar com Eraldo em falha conjunta da defesa do Galo. Perderam um caminhão de gols até marcar o segundo, com Juan. E poderia ter marcado outros.

O Atlético não conseguia jogar. Serginho e Toró além de pouco combativos não conseguiam acertar um passe. Os laterais além de buracos enormes na defesa, não chegavam à linha de fundo. O time só mostrava qualidade quando Ricardinho recuava para trabalhar a bola no campo defensivo (assim saiu o gol, marcado por Magno Alves).

No segundo tempo, Dorival voltou a mexer no ataque. Mais uma vez, não funcionou. É óbvio que o problema está mais atrás e a bola precisa chegar aos homens de frente para que eles possam jogar. O jovem Leleu, estranhamente colocado em campo, entrou nervoso, não colaborou e pode acabar queimado. Com o Prudente mais recuado e o Atlético com a mesma incapacidade na saída de bola, a etapa final foi de sangrar os olhos e os goleiros foram obrigados a assistir.

O Atlético tem problemas evidentes. O tempo para acertá-los diminui e os problemas ficam cada vez mais óbvios. Mais do que mudar nomes a cada jogo, Dorival precisa buscar outras estratégias, outras alternativas. Jogar com três zagueiros, pode ser uma opção, desde que Ricardinho jogue como "segundo volante" para qualificar a saída de bola.

Pensar em reforços é necessário. Mas é bom Kalil e sua turma abrirem o olho: Diego Souza chegou fora de forma e pouco jogou até ir para o Vasco. O mesmo acontece com Daniel Carvalho e Mancini, ainda sem previsão para estarem prontos. Os dois "Guilhermes" recém-contratados, também não vão entrar em campo agora. Não adianta contratar bons jogadores sem que possam ajudar de imediato. O problema é urgente e a involução evidente.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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