Mera formalidade

Já classificado, o Cruzeiro se deu ao luxo de poupar seus principais jogadores no confronto contra o América de Teófilo Otoni. Apenas Marquinhos Paraná e Roger entraram em campo para confirmar a classificação celeste à decisão do Campeonato Mineiro.

Fechado no 4-5-1 que isolou Chris no campo de ataque e sem seu principal jogador na competição (Jonathas Obina, já negociado com o Atlético), o América tinha a clara missão de evitar a terceira goleada seguida. Não conseguiu.

O jogo foi absolutamente dominado pelo time de Cuca, que pressionou nos primeiros 25 minutos e marcou duas vezes, em escanteios cobrados por Roger (primeiro com Edcarlos, depois com Pedro Ken). Sofreu um gol no único vacilo da defesa e no único lance ofensivo dos visitantes. E só não ampliou a vantagem ainda no primeiro tempo porque preferiu evitar o esforço sob o sol escaldante de Sete Lagoas.

Veio o segundo tempo e em outro escanteio cobrado por Roger, Edcarlos marcou belo gol de voleio. A situação do América ficaria pior após a expulsão do lateral esquerdo Bruno Barros. Cuca inverteu Dudu e Ortigoza, deixando o jovem meia para explorar o espaço enorme deixado no lado direito da defesa americana e o garoto assumiu as rédeas da festa. Com ele, o Cruzeiro chegava a todo instante perto do gol. E marcou mais duas vezes: primeiro com o próprio Dudu após jogada muito bem concatenada pelo setor ofensivo e depois com Farías no último lance do jogo.

Mesmo com os reservas, o Cruzeiro manteve o bom nível das últimas apresentações e um resultado que já tornou-se padrão na temporada: goleadas. Viu Diego Renan crescer de produção sem responsabilidades defensivas, viu Pedro Ken tentando recuperar o bom futebol que fez o Cruzeiro investir em sua contratação, viu Dudu mais maduro e preparado para ser importante.

Hoje, contra qualquer adversário do Brasil, é difícil não encarar o Cruzeiro como favorito. Na decisão do Campeonato Mineiro, porém, o Galo tem a seu favor o tempo (já que o Cruzeiro dividirá atenções com a Copa Libertadores). A frase "clássico é clássico", neste caso, não é simples clichê.

Nas últimas três decisões mineiras entre Cruzeiro e Atlético, o Campeonato foi decidido com sobras no primeiro jogo (em 2007 o Atlético fez 4 a 0; em 2008 e 2009 o Cruzeiro fez 5 a 0). Em 2011, me parece que o resultado demorará um pouco mais para sair.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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