Quando a transpiração sobrepôs a inspiração

De volta à elite do futebol nacional, o Figueirense teve missão difícil logo na primeira rodada. Mas Jorginho montou a equipe com inteligência, enxergou bem o jogo no intervalo e contou com a sorte para começar com o pé direito no Brasileirão. Pior para o Cruzeiro, que fez mais um jogo de pouca inspiração.

Desde o primeiro minuto os objetivos eram óbvios em campo. O Figueirense, mesmo jogando em casa, se preocupava primeiro em marcar e depois em sair para o jogo. O Cruzeiro, tentava envolver com velocidade para surpreender o sistema defensivo muito bem montado dos catarinenses.

A marcação encaixada do time da casa bloqueou as principais peças do Cruzeiro. Túlio acompanhava Roger, Ygor não dava espaços para Montillo, João Paulo encostava em Thiago Ribeiro e Juninho era responsável por Walyson. Bem marcados, os melhores jogadores do time de Cuca não conseguiram jogar. Por isso, o Cruzeiro só conseguiu chegar com perigo nas bolas paradas de Montillo e Roger, exceção feita ao gol perdido por Thiago Ribeiro ainda nos minutos iniciais e ao chute de Gilberto, de longa distância na etapa inicial.

O Figueirense marcava bem mas não tinha inspiração. O jovem Wellington Nem era bem marcado por Leandro Guerreiro e o time só conseguiu chegar no primeiro tempo quando a defesa do Cruzeiro parou e Reinaldo exigiu de Fábio ótima defesa.

O panorama ofensivo dos donos da casa mudou no segundo tempo. Jorginho não precisou mudar as peças para perceber o enorme espaço que Gilberto deixava em suas costas. Deslocou Wellington para o setor adiantando Maicon para armar pelo centro. Bastaram cinco minutos de pressão dos donos da casa para, após o terceiro escanteio seguido, Fábio vacilar na saída de gol e acertar a cabeça de Marquinhos Paraná. Gol contra do volante e vantagem dos catarinenses.

Com a vantagem o Figueirense se fechou de vez. E o Cruzeiro seguia bem marcado e sem inspiração. Cuca desmontou o time taticamente, com uma salada tática indecifrável após as entradas de Fabrício, Dudu e Ortigoza. Apesar da completa desorganização, o Cruzeiro ainda conseguiu criar algumas chances nos minutos finais, graças ao esgotamento físico do adversário que não fazia partida oficial há quase um mês. Parou na ótima atuação de Wilson, o melhor em campo.

O Figueirense começa sua caminhada com pontos fundamentais. Vencer o Cruzeiro, mesmo dentro de casa, é um feito para o time catarinense. Não demonstra que a caminhada será fácil. Mas mostra que o time pode fazer em casa, pontos para se salvar dos riscos no fim da temporada.

Em Minas, o Cruzeiro mais uma vez acabou anulado pela boa marcação do adversário. Cuca precisa de alternativas, e uma delas, óbvia, é a entrada de Brandão no comando do ataque o que deve acontecer já na partida contra o Palmeiras. Foi apenas um dia ruim, o que não tira as credenciais da Raposa. Mas são pontos que valem como os da última rodada e que podem fazer falta na contabilidade final.

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