Sofrimento desnecessário

O América do México que o Santos enfrentou ontem em Querétaro certamente não é o melhor América do México. Mais uma vez, os mexicanos priorizam o campeonato nacional ou a Copa Concacaf e ignoram a Libertadores.

Ontem, mesmo precisando vencer os brasileiros, os mexicanos pouparam três titulares: Layun, Nicolás Olivera e Reyna (artilheiro do time na temporada com 13 gols em 17 jogos, que entrou no segundo tempo). O melhor jogador da equipe, o meia Montenegro (que tem 2 gols e 6 assistências no mexicano) foi poupado no segundo tempo, mesmo com a equipe precisando marcar. Treviño, que atuou os 90 minutos ontem, havia entrado em campo apenas duas vezes na temporada.

Por todos estes fatores, não dá para considerar um grande resultado o empate sem gols que classificou o Santos para as quartas-de-final da Libertadores. Muito menos dá para entender o sofrimento desnecessário que o time de Muricy Ramalho enfrentou, salvo pela grande atuação de Rafael.

O primeiro tempo foi ruim, de poucas chances de gol. Faltava aos donos da casa criatividade no meio e movimentação no ataque, que dependia das bolas alçadas (em uma delas, acertou a trave). O Santos, tinha seus jogadores muito distantes uns dos outros e não conseguia reter a bola.

Na etapa final, os santistas se acertaram. Ganso se aproximou de Neymar e com os dois o Santos conseguia segurar a bola no campo ofensivo. Era melhor (chegou a acertar a trave em falta cobrada por Ganso) e obrigou o técnico Carlos Reinoso a colocar em campo seu principal jogador. O Santos tinha a bola e conseguia controlar o adversário quando Muricy trocou Zé Eduardo por Bruno Aguiar (repetindo a alteração feita contra o São Paulo) e chamou o adversário. Com mais alternativas, os mexicanos sufocaram. E só não chegaram ao gol que levaria o jogo para os penaltis graças à Rafael, que esteve em noite inspirada.

Em dois jogos contra um misto (em grande parte desinteressado) do América do México, o Santos não conseguiu mais do que fazer um gol e não sofrer nenhum. Pouco. Muricy acertou a defesa (sofreu apenas dois gols em oito jogos) mas o restante ficou órfão, dependente das jogadas individuais de Ganso e Neymar.

Nas quartas-de-final, o Santos deve encarar o Cruzeiro. É o time com mais potencial, contra o time que tem jogado melhor. Para vencer a equipe de Cuca, o Peixe precisará de mais do que uma defesa compacta. Resta saber se o "grande" Muricy permitirá.

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2 comentários:

José Dias, o agregado. disse...

Vi Muricy chamar o time do América pra dentro de seu campo de defesa. Um sufuco. Não convertido em desespero pela boa atuação do goleiro Rafael.
Cuidado Muricy, que libertadores não é pontos corridos

Saulo disse...

E o Santos é a única equipe brasileira na Libertadores. Os outros deram um vexame grande de mais.

Quadro Negro

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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