Vantagens e diferenças

A semana de jogos fundamentais para o Cruzeiro não poderia ser pior. Eliminado na quarta-feira da Libertadores o time viu o rival reverter a vantagem na primeira partida da decisão Estadual. Para ser campeão, terá que conseguir pela primeira vez o que o Atlético também demorou para conseguir: vencer um clássico diante de seus torcedores na Arena do Jacaré.

O equilíbrio foi a marca do primeiro jogo decisivo em Minas Gerais. Atlético e Cruzeiro fizeram um jogo muito disputado e decidido em detalhes. Empate ou até mesmo vitória do Cruzeiro, não poderiam ser considerados resultados injustos. Assim como a vitória do Galo não foi.

Depois de esboçar um time com três volantes no início da semana, Dorival acabou optando pela entrada de Bernard na vaga de Renan Oliveira. Manteve o 4-2-3-1 com Mancini pela esquerda, tentando aproveitar o momento ruim de Pablo no Cruzeiro. Conseguiu. Ainda aos 4 minutos, Mancini fez o que quis com o lateral do Cruzeiro e sofreu falta. Ele mesmo bateu e contou com o posicionamento ruim de Fábio para abrir o placar.

O gol mudou o que poderia ser a história do jogo. Com a vantagem, o Atlético passou a jogar atrás da linha do meio-campo. Esperava o Cruzeiro com a clara intenção de sair em velocidade explorando as costas dos laterais celestes.

Cuca também escalou o Cruzeiro no 4-2-3-1. Teve o retorno de Walyson, mas ainda sem Thiago Ribeiro deixou o inofensivo Ortigoza no comando do ataque. Além disso, o técnico resolveu "punir" Roger pela expulsão contra o Once Caldas. Puniu também o Cruzeiro, que perdeu o toque rápido e inteligente do meia.

Do primeiro gol atleticano até o fim do primeiro tempo, ficou óbvio o que separava as duas equipes no confronto. O Cruzeiro tinha a bola, mas não conseguia agredir. Os laterais do Galo marcavam bem, Serginho e Felipe Soutto marcavam de perto e não deixavam espaços na entrada da área. O gol celeste só saiu quando o diferenciado Montillo conseguiu escapar da marcação e deixar Walyson sozinho para empatar.

Já o Atlético, embora jogasse recuado, tinha liberdade ofensiva. A marcação cruzeirense estava encaixada, mas os jogadores marcavam à distância. Principalmente Giovanni Augusto, jovem destaque do time e do jogo (enquanto teve pernas). Foi dele a jogada que terminou com gol do injustamente vaiado Patric, pouco depois do gol celeste e que deu a justa vantagem no primeiro tempo a quem brigou mais pela bola.

Na etapa final o ritmo do jogo caiu. O Cruzeiro melhorou a marcação pelo lado direito com a entrada de Leandro Guerreiro e passou a acompanhar os jogadores adversários mais de perto. O Atlético, seguia aproveitando a vantagem para não se expor. Embora a melhor chance tenha sido a bola na trave de Gilberto e o Cruzeiro tenha sufocado nos minutos finais, os atleticanos pareciam mais organizados e com mais chances de chegar ao gol. Com um pouco mais de ímpeto ofensivo, a equipe de Dorival Júnior poderia ter chegado a um placar irreversível na partida decisiva.

A vantagem mínima que tinha o Cruzeiro, agora é do Atlético. O equilíbrio do primeiro jogo, porém, deixa a decisão mineira absolutamente aberta para o próximo domingo.

O Atlético com um time em crescimento, jovem e cada vez mais com a cara de seu treinador. Já provou que pode enfrentar o rival em condições de igualdade e terá a oportunidade de jogar o seu jogo: defendendo atrás e jogando em velocidade.

O Cruzeiro terá uma semana para se recuperar física e psicologicamente da semana ruim. Perde Montillo, injustamente expulso no fim da partida (não falarei mais uma linha sobre mais uma arbitragem ruim de Paulo César de Oliveira). Com o retorno de Roger, o crescimento físico de Fabrício e o possível retorno de Thiago Ribeiro, deve ficar ainda mais forte para buscar o título diante de seu torcedor.

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Um comentário:

Braulio "xuBs" disse...

Boa Matéria ! Impossível definir um campeão. Os dois times estão nivelados. Adeficiência técnica do galo, equivale ao emocional do cruzeiro.

Quadro Negro

Quadro Negro
O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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