O tempo acabou

O jogo tinha todos os ingredientes para dificultar a análise do desempenho brasileiro. Primeiro porque a Romênia trouxe ao Brasil uma seleção sem seus nomes mais importantes, que já não são tão bons assim. Segundo, pois o evento da noite era a despedida do Ronaldo e era impossível separar os 15 minutos de festa do restante do jogo.

O Brasil até começou bem, aproveitando-se da fraqueza do adversário que só levou perigo em falta de muito longe que acertou o travessão. O time de Mano tinha os laterais jogando no campo ofensivo, Elias com muita liberdade e Jádson, o melhor em campo, se aproximando do trio de atacantes. Apesar da boa movimentação faltava capricho no último passe que só saiu certo quando a boa trama de Jádson e Neymar deixou o gol vazio para um ansioso Fred balançar as redes, cavar seu lugar na Copa América e homenagear Ronaldo.

O camisa 9, absolutamente acima do peso, entrou em campo aos 30 minutos e o jogo mudou. Todos na seleção queriam procurar Ronaldo, para dar-lhe a oportunidade de marcar. Todos na Romênia não pareciam dispostos a evitar, dando imenso espaço para o centro-avante. Todos, menos o goleiro Tatarusanu. Com duas boas defesas, estragou a festa e impediu o último gol do Fenômeno que ainda perdeu outra boa chance.

No segundo tempo a festa havia acabado e a motivação para o jogo também. O time brasileiro voltou sonolento e pouco inspirado. Teve a bola mas não ameaçou. Deu espaços perigosos que deixaram para os romenos a impressão de que o empate era possível. As substituições de Mano não funcionaram e mais uma vez o time deixou o campo sob vaias.

A decepção pelo desempenho bate de frente com a sensação de um time organizado, que sabe onde quer chegar. O problema é que o tempo nunca foi parceiro do técnico da seleção. É bom que Mano saiba que na Copa América os resultados vão influenciar, e muito, na sequência do trabalho. Por isto, algumas escolhas como a ausência de Marcelo e Hernanes são injustificáveis. É hora de jogar bem e vencer.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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