Tudo igual

É uma pena quando o assunto principal de um jogo de futebol é o trio de arbitragem. No Brasil, infelimente acontece com frequência. Foi assim no duelo entre Bahia e Atlético-MG. Que terminou empatado em tudo, inclusive nos erros toscos da arbitragem.

O Bahia bancou a multa para escalar Jóbson. De fato, o ex-jogador de Atlético e Botafogo é fundamental em um elenco que carece de opções. E em um time em construção como o Bahia, ter alguém que pode decidir em um lance é fundamental. Mesmo que o atacante não tenha passado nem perto disto no último domingo.

No Galo, Dorival teve desfalques importantes. Patric mostrou na ausência o quanto é importante. Sem ele, o time segue com problemas defensivos pelo lado direito, mas perde muito em potencial ofensivo. Felipe Soutto também foi ausência sentida. É fundamental na proteção à frente da defesa e dá toque de qualidade à saída de bola.

Com dois times com tantos problemas, não dava para esperar um bom jogo. O primeiro tempo foi equilibrado, com poucas chances de gols e times com estratégias parecidas.

O Bahia no 4-3-3, apostava em Jóbson nas costas de Rafael Cruz, onde saíram as melhores jogadas. O time teve mais volume de jogo mas pouca criatividade no meio para oferecer perigo ao gol atleticano. Exceção feita ao gol mal anulado de Fahel, ao penalti não marcado em mão dentro da área do lateral direito atleticano e a impedimento mal marcado de Jóbson que sairia na cara do gol de Renan Ribeiro.

O Atlético, no 4-3-1-2, tinha Giovanni Augusto apagado mais uma vez e apostava em Mancini nas costas do fraco Jancarlos, que não conseguia marcar. Também faltava criatividade, graças à atuação apagada do seu meia. E também sofreu com a arbitragem: penalti mal marcado a favor dos baianos e gol mal anulado de Dudu Cearense.

Quando o Bahia abriu o placar, com Souza de penalti, a vitória era justa. Os baianos não jogavam bem, mas tinham mais a bola e tentavam algo diferente. O Atlético-MG cresceu depois do gol sofrido (e da entrada de Daniel Carvalho) passando a pressionar um time que não conseguia manter a posse. Mesmo após a expulsão tola de Neto Berola (um dos poucos acertos da arbitragem), o time criou ótimas chances de gol, todas desperdiçadas. Pouco antes, o atacante que seria expulso fez o gol de empate, que já era justo àquela altura.

O Bahia é um time em formação. E a maior incógnita da competição. Afinal, é difícil saber o que esperar de um time que já se reformulou três vezes no ano e que tem uma série de jogadores renegados e problemáticos mas com algum potencial técnico. Fato é que a permanência na Série A será lucro para o time de torcida apaixonada.

Quanto ao Galo, sigo com meu pensamento: é um time com baita potencial e que tem encontrado um padrão de jogo interessante. Faltam algumas peças e poder de decisão, para não desperdiçar pontos quando joga melhor, como aconteceu contra o São Paulo e nos momentos finais do jogo de domingo. Jogar bem é bom. Mas é pouco para as ambições de um time que sonha ser campeão.

---
Curta o Marcação Cerrada no Facebook e fique por dentro das novidades do blog.

Nenhum comentário:

Quadro Negro

Quadro Negro
O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

Marcação no Facebook

Marcadores Online

Marcação Arquivada

Desde Ago/2007

Marcação no Twitter