Vantagem considerável no ótimo primeiro tempo

Um bom jogo de futebol não se faz apenas com muitos gols ou em noites incríveis do(s) goleiro(s). Prova clara disto foi a primeira partida da decisão da Copa do Brasil, entre Vasco e Coritiba. 1 a 0 em jogo com "melhores momentos" escassos. Mas foi uma grande partida de futebol, que deixou os vascaínos com uma vantagem considerável para decidir o título semana que vem, em Curitiba.

Sem Ramón e Éder Luís, o Vasco perdeu suas principais referências de velocidade pelos lados do campo. A escolha óbvia de Ricardo Gomes por Bernardo, mudou um pouco a maneira do time jogar, com um 4-3-2-1 mais agrupado e forçando muito o jogo pelo meio. O Coritiba manteve a postura que fez do time uma das sensações de 2011: marcação adiantada e transição veloz para o ataque, com toques rápidos e eficientes.

O primeiro tempo foi bom. Corrido e muito equilibrado. Faltaram chances de gol, porque os dois times pecavam muito no último passe. O Coritiba teve as melhores oportunidades quando forçou o erro dos limitados volantes vascaínos, faltando que Anderson Aquino entrasse em sintonia com seus companheiros de ataque. Já o Vasco, cresceu quando Felipe recuou para organizar o jogo e participou mais da partida. Faltava maior movimentação de Bernardo (muito preso pelo lado esquerdo) e participação mais efetiva dos laterais, principalmente Allan que tinha corredor enorme pela direita.

Na etapa final, o gol do Vasco saiu cedo. Boa trama de Bernardo e Diego Souza, Allan subiu aproveitando os espaços e cruzou para Alecsandro marcar de cabeça. Explosão em São Januário e vantagem importante para os donos da casa.

O jogo esquentou e o Vasco poderia ter aproveitado o momento de nervosismo do Coritiba para definir o jogo (e quem sabe o confronto). Não o fez pois recuou demais e sentiu falta da velocidade de seus dois ausentes para puxar os contra-ataques. Diego Souza, o melhor em campo e jogando como em seus melhores momentos, não tinha mais pernas; Bernardo desapareceu e Alecsandro (depois Élton) ficou isolado.

Marcelo Oliveira reoxigenou o setor ofensivo com o que tinha disponível. Principalmente Geraldo e Marcos Paulo deram mobilidade ao time que esboçou sufoco nos donos da casa nos minutos finais. A melhor chance veio já nos acréscimos com Émerson, e não seria injusto se o Coritiba empatasse.


O fato de não ter levado gols, é um alento importante. Que faz ficar maior a vantagem do Vasco para a partida decisiva. Principalmente, levando-se em conta que o time tem jogado muito melhor fora de casa. O possível retorno de Éder Luís é outro ponto importante para um time que terá que saber se fechar mas precisará de alternativas para agredir o Coritiba no Couto Pereira.

Embora o ritmo do Coritiba não me pareça com o mesmo fôlego do início da temporada, o time provou em São Januário ter totais condições de lutar pelo título. A equipe que se ressente muito da ausência de Marcos Aurélio, ainda perdeu Anderson Aquino para o jogo decisivo. Geraldo, provou que pode ser boa alternativa.

A vantagem é reversível e a festa no Couto Pereira promete ser fantástica. O que deixa ainda mais imprevisível o título da Copa do Brasil. Que certamente, ficará em boas mãos.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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