Hora de mostrar a que veio

Brasil e Paraguai já jogavam há mais de 100 minutos sem conseguir balançar as redes quando Cruzeiro e Bahia entraram em campo na Arena do Jacaré. E bastou quatro minutos para que Walyson acertasse um chute maravilhoso da entrada da área e deixasse a impressão de que a noite seria de muitos gols em Minas Gerais.

Não foi o que se viu. Com Jóbson em noite inspirada, o Bahia tentou responder rapidamente. Poderia ter empatado em lance desperdiçado por excesso de preciosismo de seu atacante. Mas marcou ainda aos 17 minutos, com Jóbson aproveitando falha de Fábio e Naldo em bola cruzada.

O Cruzeiro seguia com o problema de armação. Quando Montillo voltava para buscar, faltavam opções à frente. Quando ele ficava próximo à área de decisão, a bola não chegava. O Bahia, bem postado na defesa, parecia deixar o bote armado para um contra-ataque que mudaria o confronto.

No intervalo, Joel Santana tentou deixar o Cruzeiro mais ofensivo e começou a esfacelar seu meio-campo. Roger ganhou a vaga de Vitor, tímido e muito mal em mais uma partida. Leandro Guerreiro virou terceiro zagueiro, Fabrício passou para a ala direita. Apesar da mexida errada, Joel mostrou estrela. Logo no início Montillo acertou grande passe para Ortigoza, que fez boa jogada e rolou para Walyson mostrar recuperação e bom posicionamento na área para marcar o segundo dele no jogo.

Perdendo, o Bahia se soltou com Ricardinho e Lulinha. Dominou o meio-campo e alugou o campo ofensivo. Para corrigir, Joel voltou a errar. Sacou Ortigoza para entrar com Éverton, perdido em campo. Ávine, sem ter a quem marcar, se lançou ao ataque e deu trabalho enorme para o deslocado Fabrício. O Bahia chegava com perigo, quase sempre com Jóbson. Insistia, mas pecava na finalização.

Com Dudu na vaga de Gilberto, o Cruzeiro ganhou a opção do contra-ataque mas perdeu ainda mais força no meio. Roger era obrigado a marcar e sua entrada não rendeu absolutamente nada de útil ao time. A pressão crescia até que o Bahia pareceu cansar de atacar e foi perdendo forças. Garantindo ao Cruzeiro uma importante vitória por 2 a 1.

Na próxima rodada, o Cruzeiro vai a São Paulo enfrentar o líder Corinthians. Vencer é importante mesmo sem jogar bem. Mas na próxima rodada, mais do que jogar melhor, o Cruzeiro precisa comprovar a tese de que o Corinthians é um adversário direto. Hoje, o favorito ao título brasileiro me parece deixar a impressão de que o time de Joel não conseguirá chegar tão longe assim.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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