O melhor jogo, o pior resultado

Antes dos inacreditáveis quatro penaltis batidos de forma bizonha pela Seleção Brasileira diante do Paraguai, houve bom futebol em La Plata. Um time organizado, consistente, que dominou amplamente o adversário e empilhou chances perdidas. Teve mais posse de bola e controlou o jogo (16 finalizações contra apenas 4 do adversário, uma delas no gol).

Taticamente o Brasil fez sua melhor partida na Copa América. E perdeu. Como disse Mano Menezes, não adianta jogar melhor e não marcar gols. O Brasil não fez. Porque como em toda a competição, faltou o brilho individual que tanto se esperava principalmente da dupla Ganso e Neymar que não fizeram mais do que uma Copa América regular.

Contra um Paraguai que vai avançando sem vencer uma partida se quer, o Brasil fez o que dele se esperava. Teve apoio dos laterais, posse de bola qualificada e chances de gol. Pecava no último passe. Mas não dava chances ao adversário. A defesa voltou a mostrar a segurança de outras partidas. Méritos do Brasil, mas também demérito do adversário, que fez partida ruim em todos os aspectos.

Veio a prorrogação e o ritmo do jogo caiu porque obviamente não valia a pena se expor. Mano ainda favoreceu os paraguaios ao tirar Ganso, que mesmo mal na partida, podia decidir com um passe magistral como fez nos outros jogos. O Brasil não ameaçou mais e o jogo foi para os penaltis.

O que se viu daí em diante foi um show de horrores certamente já conhecido por todos. Quatro penaltis muito mal batidos. A inaceitável desculpa do gramado. E uma eliminação dolorida e histórica. Em oitavo, o Brasil fez sua pior participação na Copa América em todos os tempos.

Ainda é cedo para questionar ou pedir a cabeça de Mano Menezes apesar do resultado. As principais esperanças do nosso futuro são garotos jovens e que podiam sentir a primeira competição oficial com a amarelinha como sentiram. O caminho a ser percorrido é longo e o desenvolvimento será paulatino. A geração é boa e já comprovou isto em seus clubes. Além disso, porém, é preciso que Mano deixe de lado algumas convicções e, principalmente, algumas teimosias bobas com Marcelo, Hernanes e Hulk. Eles poderiam ajudar. Assim como outros.

O futebol é assim. Com a Argentina, acharíamos graça. Com o Brasil, a tendência é jogar tudo por terra. As feridas ficam. O aprendizado também precisa ficar.

---
Curta o Marcação Cerrada no Facebook e fique por dentro das novidades do blog.

Nenhum comentário:

Quadro Negro

Quadro Negro
O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

Marcação no Facebook

Marcadores Online

Marcação Arquivada

Desde Ago/2007

Marcação no Twitter