O primeiro jogo do São Paulo pós-Carpegiani mostrou ao menos um erro do ex-técnico tricolor. Rivaldo provou em campo que ainda pode ser útil ao time e que vinha sendo sub-aproveitado na equipe, que em muitos momentos dependia de qualidade no passe e articulação.
Contra o Cruzeiro, Milton Cruz não fez muitas mudanças na equipe. Se tivesse Lucas disponível, provavelmente deixaria Rivaldo no banco. Mas organizou o time de maneira inteligente e soube explorar as fraquezas do adversário.
Apesar disto, os mineiros começaram melhor. Forçando as costas de Juan, o Cruzeiro manteve o 4-3-3 do jogo contra o Grêmio e os mesmos problemas. Montillo fica mais perto da área de decisão (onde já mostrou que pode ser decisivo), mas fica distante da articulação. Quando ele não recua para armar, a bola não chega redonda à frente (fazendo o time abusar da bola longa). Quando ele recua, os dois atacantes muito abertos e em fase não muito boa, não aparecem para finalizar e incomodar a defesa adversária.
Apesar da pressão com Walyson e Vítor no início, o São Paulo soube se acertar. Impedia a subida dos volantes do Cruzeiro com Casemiro voltando para marcar e qualificando a saída de bola. Que era sempre também pelo lado direito, onde Marlos ganhava todas de Éverton. Aliás, os dois atacantes do São Paulo mostraram ampla vantagem sobre a defesa do Cruzeiro em um quesito: a velocidade. Os jogadores do tricolor pareciam mais ligados e sempre um passo à frente.
Com os atacantes em vantagem e o passe qualificado de Rivaldo, não demorou para sair o gol. Marlos recebeu ótimo passe de Rivaldo e serviu Dagoberto que abriu o placar. Veio o intervalo, veio o segundo tempo e a situação se manteve. Rivaldo ganhou fácil de Leandro Guerreiro e achou Marlos (o melhor em campo) em velocidade para ampliar.
O Cruzeiro manteve os problemas de articulação embora tenha avançado as linhas. As substituições de Joel Santana deixaram o time exposto e ofensivo. O Cruzeiro não conseguia ameaçar e o São Paulo não aproveitava os espaços (já com seus atacantes cansados).
Já no fim, Ortigoza fez boa jogada e Walyson diminuiu em lance isolado, que em momento algum pareceu ameaçar a justa vitória do time que esteve sempre à frente.
Rivaldo não estará sempre disponível para o São Paulo. Não conseguirá jogar 90 minutos no mesmo nível. Mas pode ser importante e mais utilizado. Quem sabe, não se esquece. Rivaldo nunca foi e nunca será um qualquer.
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