Cada vez mais internacional

Se acostumar a vencer é saudável. Fazer com que conquistas virem uma rotina faz bem. E neste caso, as glórias parecem atrair ainda mais glórias. Fatos que fazem do Internacional mais uma vez campeão. O segundo título da Recopa, fazem o Inter cada vez mais internacional.

Depois de perder a primeira partida, na Argentina, por 2 a 1, o Inter precisava ser agressivo no jogo da volta, no Beira-Rio. Diante de quase 40 mil pessoas e de mais uma participação destacável da torcida, o time tentou fazer o que devia.

Dorival armou o time no 4-2-2-2 que ele tentou, mas não conseguiu encaixar no Atlético-MG. O Inter começou bem, com D'Alessandro se movimentando bem e Elton se revezando nas subidas ao ataque com Guiñazu. Apesar do início melhor, o Colorado deixava muitos espaços na entrada da área, expondo seus zagueiros.

No 4-4-2 com duas linhas e um time fechado, o Independiente evitava fazer o mesmo. Expor sua dupla de zaga, lenta, pesada e constrangedora, comandada por Gabi Milito, dispensado pelo Barcelona após Guardiola preferir apostar em Busquets, Abidal, Mascherano e muitos outros na posição.

Faltava ao Inter explorar o ponto fraco do adversário. E aí entrava Leandro Damião. Em fase extraordinária, o atacante passou a receber as bolas e disputar com Milito. Ganhou todas. Em duas delas, foi às redes. No primeiro lance, com direito a caneta e finalização de matador. No segundo, com trombada e presença de área.

O resultado do primeiro tempo foi justo, e obrigava o Independiente a atacar mais na etapa final. Foi o que aconteceu. Os argentinos se soltaram pelo lado esquerdo, obrigando Élton a sair para o lado e deixar o tal buraco na entrada da área. Assim, em bola da esquerda para o centro, saiu o gol que levaria o jogo para a prorrogação.

Decisão que era, o jogo ganhou ares de tensão. O Inter tinha mais a bola, mas seguia levando sustos na defesa. A pressão aumentava o nervosismo do time. As mexidas de Dorival, para reoxigenar o ataque não funcionavam principalmente porque Jô entrou muito mal, em outra sintonia. Mas curiosamente, quando o atacante errou bizonhamento o domínio da bola, o goleiro argentino perdeu o tempo da bola e acabou cometendo penalti. Que Kléber bateu para definir o título do Inter.

Vencer é sempre bom. E o Inter sabe valorizar suas conquistas. Outros times brasileiros já ganharam a Recopa e não a trataram com importância. Impecável no marketing, o Inter faz o título parecer fundamental. Sai fortalecido mais uma vez e cheio de moral para o clássico contra o Grêmio, domingo.

Cada vez mais internacional, o Internacional é exemplo a ser seguido. Dentro e fora de campo.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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