Resultado óbvio, circunstâncias nem tanto

Bastava olhar o momento dos times, as escalações e principalmente, o retrospecto recente para encarar o Botafogo como favorito óbvio à classificação na Sul-Americana. Principalmente após a vitória por 2 a 1 no primeiro jogo, em Ipatinga, que deu a Caio Júnior o direito de poupar titulares importantes como o meia Renato na segunda partida.

Em campo, no entanto, não se viu a superioridade esperada do Botafogo. Pelo contrário. Com marcação adiantada desde os instantes iniciais, o Atlético-MG teve mais a bola e controlou a partida durante os 90 minutos. Domínio absoluto, mas pouquíssimo efetivo.

Cuca voltou a apostar no 4-2-3-1 contra o Botafogo, mas teve que mudar muito o time em relação à última partida. Algumas mexidas por opção, outras por necessidade. Fato é que o time começou mostrando apetite no meio-campo e não deixava o Botafogo passar do meio-campo.

Embora tenha mantido a estrutura tática do time (também no 4-2-3-1), o Botafogo sentia falta de Renato. Os meias muito afastados dos volantes não recebiam o passe qualificado do jogador, fundamental na saída de bola do time de Caio Júnior. E a bola não chegava.

Apesar da superioridade, o Atlético chegava pouco. Mesmo com a mudança (graças a mais uma contusão de Dudu Cearense) para o 4-1-3-2 ainda mais ofensivo, o time tinha dificuldades na articulação. Richarlyson errava muito pelo lado esquerdo, Caio aparecia pouco e Guilherme se omitia entre os zagueiros, participando pouco.

O jogo praticamente sem finalizações só esquentou nos minutos finais da etapa inicial. Primeiro em cobrança de falta de Elkeson que Renan Ribeiro salvou. Logo depois, em penalti mal marcado de Leonardo Silva em Elkeson (falta fora da área) que Herrera bateu para abrir o placar.

No segundo tempo, o panorama seguiu o mesmo. O Atlético tinha a bola (embora com Elkeson mais participativo o Botafogo parecesse capaz de definir em contra-ataque) mas não conseguia exigir boas defesas de Jéferson. Nem as mexidas de Cuca deram o ânimo que o time precisava para tentar a classificação.

O Botafogo está classificado. Não foi bem, claramente sem encontrar motivação na partida. Segue forte no Brasileiro e tem boas chances de fazer bonito na Sul-Americana.

Quanto ao Galo, melhorou. Mas a passos muito lentos para quem vive a situação delicada atual. Cuca tem 5 jogos e 5 derrotas no comando do clube. E um "divisor de águas", no domingo, contra o Cruzeiro. Para sair da situação e vencer, o time vai precisar de mais criatividade e qualificação ofensiva.

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Quadro Negro

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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