E o tempo vai passando...

Imagine um time que ganhou a Copa do Brasil no primeiro semestre, já tem vaga assegurada na Libertadores, não corre risco de rebaixamento, mas não leva o Campeonato Brasileiro a sério. Não estou falando do Vasco, que muito pelo contrário, vai muito bem e briga pelo título fazendo ótima campanha na competição. O time que passa esta impressão é o Cruzeiro, muito embora não tenha vaga garantida na Libertadores e não conquiste títulos importantes há 8 anos.

Contra o Figueirense, é preciso relativizar o passeio levado em Ipatinga, devido ao excesso de desfalques. Joel Santana não teve nove jogadores, escalou um time com apenas quatro titulares (ou cinco, considerando Léo) e sentiu a ausência de seus dois principais jogadores, os únicos capazes de fazer a diferença (Fábio e Montillo).

O Figueirense, que não tem nada com isto, aproveitou muito bem. Manteve suas características: marcação muito forte no meio (as vezes com excesso de faltas) e qualidade na posse de bola ofensiva, com Elias e Wellington Nem se movimentando bastante.

Apenas nos minutos iniciais o Cruzeiro foi superior, na base da empolgação e partindo para cima. Aos poucos, o Figueira soube explorar as deficiências do Cruzeiro (com marcação apática no meio e imensos espaços nas costas do jovem e promissor lateral Gil Bahia). Joel Santana, assim como o meio campo, apenas assistiu. Os catarinenses fizeram 4 a 2 e poderiam ter feito alguns outros gols.

O que impressiona não é a derrota do Cruzeiro, normal para um time tão desfalcado. O que não impressiona não é a posição atual do Cruzeiro, que perdeu peças importantes e passou por muitas mudanças na competição. O que impressiona é a forma como o Cruzeiro aceita tudo isto, no momento. Não há na diretoria a impressão de que esteja insatisfeita com a campanha de mediana para ruim. Não há no técnico revolta e nas entrevistas, o time parece viver num mar de rosas.

E para o Cruzeiro, o tempo vai passando...como se nada fosse importante.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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