A dura dor do quase

Não é só uma questão do futebol. No Brasil, a cultura é de não se valorizar o quase. Somente quando o "quase" vem de dentro. Enchemos a boca para elogiar o bom trabalho recente da Universidad do Chile, que chegou às quartas-de-final da Sul-Americana em 2009 e na semifinal da Libertadores em 2010. Mas certamente, aparecerá quem vá criticar a decisão do Vasco de querer tudo caso termine sem conquistar nada.

A derrota e eliminação na semifinal da Sul-Americana para o ótimo (sim, ótimo) time chileno que passou com extrema facilidade pelo Flamengo é dolorida, mas não pode ser tratada como anormal.

Além de desgastado pela maratona não só de jogos, mas de jogos decisivos, ficou claro que o Vasco sentiu. E era algo possível de prever e que, inclusive, o blog já havia antecipado em posts anteriores. O time das viradas improváveis e das goleadas históricas na Colina, ficou pelo caminho na Sul-Americana, mas caiu em pé.

Fez um bom jogo, equilibrado e resolvido nos detalhes contra La U. O time do bom técnico argentino Jorge Sampaoli é compacto, veloz e com boas referências técnicas como o bom atacante Eduardo Vargas. O trabalho do argentino é louvável e enche os olhos mas não é o único motivo do sucesso dos chilenos. A filosofia recente do clube tem encontrado bons nomes para suprir a ausência dos que saem para jogarem em mercados mais ricos.

Fica para o Vasco a minha torcida pela conquista do título do Campeonato Brasileiro. Nada contra o Corinthians e os corinthianos e nem contra o Flamengo. É simplesmente uma questão de merecimento para um ano fantástico dos cariocas. Que merecem fechar com chave de ouro a brilhante temporada.

Mas fica um pedido a todos: valorizem o Vasco, mesmo que fique no "quase". A dor é grande, mas os ensinamentos que ficam para os clubes que vencem a Copa do Brasil e não levam o resto do ano a sério, pode ser de grande valhia.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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