O pior tipo de cego e os melhores jogadores do mundo

Messi pulverizou nesta semana mais um recorde pelo Barcelona. Com os três marcados sobre o modesto Viktoria Plzen, alcançou 202 em partidas oficiais pelo clube espanhol em 286 partidas. Já é, aos 24 anos, o segundo maior artilheiro do clube atrás apenas de César Rodriguez que marcou 235 (Paulino Alcantara fez 357 em partidas não-oficiais). Ganhou 5 títulos espanhois, 1 Copa do Rey, 5 Supercopas da Espanha, 3 Champions Leagues, 1 Mundial de Clubes e outros incontáveis títulos. Foi eleito o melhor jogador do mundo e caminha a passos largos para ganhar pela terceira vez consecutiva (será o primeiro na história).

Messi tem 281 gols na carreira. Considerando a média (incrível) de 54 gols das últimas três temporadas, precisaria de mais 13 temporadas no mesmo nível para chegar aos 1.000. Pouco provável. No futebol competitivo atual (embora o Barcelona muitas vezes faça parecer que não é), Messi se destaca com sobras. E se não consegue carregar a Argentina nas costas, a culpa é da Argentina e o azar também.

O fato é que Messi encanta. O repertório parece não ter fim, as mágicas também não. Ainda tem tempo, capacidade e cabeça, para conquistar mais. E vai.

Cristiano Ronaldo também aproveitou a semana para bater uma marca importante. Com os dois tentos sobre o Lyon, chegou a 100 com a camisa do Real Madrid. Em impressionantes 105 jogos. Embora ainda esteja muito atrás da artilharia máxima do clube (323 gols em 16 temporadas), tem uma média impressionante de gols. Se mantiver, precisará de nada menos do que 4 anos mais de Real Madrid para superar a liderança.

Cristiano Ronaldo é marrento. Gosta do marketing, gosta de aparecer nas câmeras, é metrosexual. Mas dentro de campo é um monstro, completo. Tem força, velocidade, técnica e é cada dia mais letal dentro da área. Só não foi eleito o melhor do mundo porque teve o azar de viver em tempos de Lionel Messi.

O último atacante a atingir feito importante nesta semana foi Neymar. Aos 19 anos, está entre os 23 selecionados para concorrer ao prêmio de melhor jogador do mundo. Será uma surpresa enorme se ficar entre os três, mas tem motivos de sobras para comemorar. Primeiro porque é o único da lista que não atua no futebol europeu. Segundo, pois ainda está dando os primeiros (e fantásticos) passos no futebol.

Neymar começou a carreira cedo, mas ainda está no início dela. Ganhou títulos paulistas, foi protagonista na Libertadores. "Sofre" com o assédio europeu mas ainda queima lenha no Brasil. Já é o principal nome na seleção de Mano, já é o melhor jogador brasileiro em atividade e já carrega a responsabilidade de comandar o país que vai disputar a próxima Copa do Mundo em casa.

O atacante do Santos ainda é um garoto. Mas amadurece a passos largos e aumenta o repertório a cada semana. De gols, de jogadas, de encantamento. Em breve, provavelmente será testado na Europa e provará que tem potencial para conquistar ainda mais. Pode, no futuro, brigar com Messi e Cristiano Ronaldo pelo posto de melhor do planeta embora hoje, por tudo, ainda esteja abaixo.

Você pode gostar mais ou menos de algum deles. Você pode não gostar de nenhum.

Mas os números estão aí. E são impressionantes! Sorte de quem pode acompanhar de perto três jogadores extraordinários, em estágios e situações diferentes que ainda parecem ter espaço para mais.

O pior cego, é aquele que não quer ver.

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Um comentário:

Braulio "xuBs" disse...

Não podemos comparar Neymar, com dois craques consolidados !

Neymar tem potencial, mas hoje, não é o melhor do mundo.

Quadro Negro

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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