Decepção e aprendizado

Entra ano, sai ano e o papo é sempre o mesmo: "os brasileiros são favoritos na Libertadores". Ignoramos a Universidad do Chile, atual campeã da Sul-Americana e expoente de bom futebol no continente no último semestre; o Vélez, que mantém a base e um time forte; o Peñarol, atual vice-campeão da Libertadores e o Boca, campeão argentino invicto e de volta à competição mais importante do continente. Isto sem falar em vários outros.

Como o Nacional. Que fez ótima partida contra o Vasco hoje a noite em São Januário. Organizado num 4-2-3-1 que bloqueava o meio-campo com marcação adiantada e saía com muita qualidade para o ataque, com saída qualificada de Cabrera, ótima participação de Viudez (que foi jovem para o Milan e acabou não vingando) além do incisivo e rápido Vicente Sánchez.

O Vasco sentiu o jogo e não entendeu a dinâmica do adversário. Dinâmica que foi a diferença fundamental da partida. Enquanto o time de Cristóvão Borges era estático e não via qualidade principalmente em seus volantes, os uruguaios faziam partida intensa tanto na parte defensiva quanto na ofensiva.

O primeiro tempo terminou 1 a 0 para os visitantes e para alívio do Vasco. O segundo tempo começou com gol relâmpago de Sánchez após Rodolfo tentar sair jogando e perder a bola bizonhamente. O mesmo Sánchez não fez o terceiro pouco depois em contra-ataque perfeito porque chutou alto quando já tinha driblado Fernando Prass.

Sem jogar, o Vasco pedia um fato novo. A torcida pedia Bernardo. Que podia dar velocidade e trazer o torcedor para perto do time. Cristóvão optou por Tenório, que entrou com vontade mas pouco à vontade como meia pela direita. O time carioca só conseguiu finalizar pela primeira vez aos 28 do segundo tempo, quando Alecsandro se antecipou ao zagueiro e diminuiu no marcador.

Na sequência, mais no abafa que na organização, o Vasco pouco ameaçou. Não conseguiu ameaçar de forma real e saiu de campo derrotado. Perder em casa é ruim e na derrota é pior ainda. O Vasco deve melhorar (principalmente quando tiver Fágner, Rômulo, Éder Luis...) e ainda é o melhor do grupo e favorito à vaga, embora o grupo seja equilibrado e qualificado. Mas como aos outros brasileiros, falta perceber como se modernizaram os times da América do Sul, com futebol cada vez mais intenso. Enquanto continuamos apostando no talento individual de Felipes, Juninhos e Diegos Souzas por aqui.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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