Decepção e favoritismo

O Boca Juniors fez falta nos três anos que ficou fora da Copa Libertadores. Campeão quatro vezes nos últimos 12 anos, o time tem tradição e experiência para tornar-se naturalmente candidato ao título toda vez que disputa a competição. Favoritismo reforçado pelo grande momento e a ótima campanha no último Apertura, que o credenciou à Libertadores: 19 jogos, 12 vitórias, 7 empates e apenas 6 gols sofridos.

No retorno à principal competição do continente, porém, decepção. Que fui obrigado, mais uma vez, a ver pela internet já que Fox Sports e NET não parecem dispostos a um acordo que favoreça o cliente.

Contra o modesto Zamora, debutante na Libertadores, o Boca impôs seu estilo mas não conseguiu se sobressair tecnicamente. Teve o controle e praticamente não correu riscos. Mas pouco ofereceu além de muitos passes para o lado e um cansativo jogo de paciência. O estreante Santiago Silva, o Tanque, quase não foi acionado (embora tenha acertado a trave já no fim da partida). Com pouca criatividade, os argentinos só tentavam algo diferente com as bolas longas do bom volante Erviti que não foram aproveitadas nem por Cvitanich nem por seu substituto Mouché, ambos muito mal no jogo.

Embora não tenha encontrado a estatística da posse de bola, a impressão é que os argentinos ficaram com ela pelo menos 70% do tempo. Mas conseguiram finalizar a gol apenas cinco vezes, uma (já citada) com perigo. O Zamora, que pareceu o tempo inteiro satisfeito com o empate com seu 5-4-1 muito bem postado, chutou a gol apenas duas vezes, ambas de fora da área e só uma com perigo.

O Boca Júniors é um time chato. Para quem assiste mas principalmente para o adversário. Se tem pouco brilho na frente, sabe de suas limitações e se defende jogando. Toca a bola sem pressa e mantém o adversário longe de sua meta. Os apenas 6 gols sofridos em 19 jogos pelo Apertura não são coincidência. Com Silva se encontrando e com um ou outro bom lance de Riquelme (que tem vivido de brilharecos), é impossível tirar o Boca da lista de candidatos pelo mal desempenho na estreia. O Fluminense e quem vier pela frente que se cuide.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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