Faltou fôlego

Com reforços interessantes e moral após a boa campanha na última temporada, o Tottenham dava pinta de que seria o único time capaz de deter algum dos dois times de Manchester na luta pelo título na Inglaterra. No momento mais importante da temporada, porém, fraquejou. Pelos desfalques e por vacilos, a equipe do provável futuro técnico da seleção inglesa deixa para trás a briga pelo título e já começa a ter até mesmo a vaga na Champions ameaçada. Reflexos da goleada para o Arsenal e da derrota de hoje, para o Manchester United.

É verdade que o time perdeu peças importantes para o confronto deste domingo. Sem Parker, Bale e Van der Vaart, o time de Redknapp foi obrigado a mudar a forma de jogar e perdeu o que tem de melhor. Com Modric isolado pela esquerda e Saha próximo à Adebayor na frente, faltava qualidade no toque de meio-campo que abre espaços nos adversários (embora Livermore tenha feito boa partida).

Sem querer se arriscar jogando fora de casa, o United adotou postura cautelosa. O 4-4-2 tinha Rooney voltando como sempre para fazer a recomposição no meio e Scholes ao lado de Carrick praticamente sem passar do meio-campo. Pragmatismo que foi recompensado no último lance da primeira etapa, quando Young bateu escanteio e Rooney abriu o placar de cabeça. Antes e depois do primeiro gol dos Red Devils, o Tottenham tinha a bola, cervaca a área mas ameaçava pouco (exceção feita pela boa trama de Lennon pela esquerda e pelo "gol" de Saha que Adebayor impediu com o braço em cima da linha).

O panorama tinha os donos da casa martelando sem ameaçar até que foram se cansando. Permitindo a Young (muito bem na partida) definir o confronto marcando duas vezes. Quando Livermore anotou o gol de honra do mandante, já era tarde demais para colocar fim à freguesia que dura 11 anos ou 26 partidas.

O Manchester tem uma tabela mais fácil pela frente e direito de sonhar com o título. Prepara-se para a decisão contra o rival City quando baterão de frente e provavelmente decidirão o futuro da Premier League. A capacidade de decidir com Rooney, Young e um time pragmático que sabe se defender, dão a United a chance de sonhar. Que o Tottenham não tem simplesmente por não ter fôlego na "hora H".

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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