Quem acompanha o Marcação Cerrada já sabia (ou deveria saber) que o Bolívar carrega nesta Libertadores um pouco do Barcelona. Isto acontece graças ao técnico Guillermo Ángel Hoyos, argentino que assumiu o clube em dezembro de 2010 e que tem como marca, o início da carreira como técnico do Barcelona B em 2001, onde é considerado um dos "descobridores" de Messi.

Guardadas as devidas proporções e respeitando a imensa limitação técnica de seu time, o Bolívar tem uma proposta clara. Marcação adiantada pressionando o adversário e alguma paciência com a posse de bola, embora algumas vezes abuse dos chutes de longa distância (talvez para aproveitar a altitude). Vale destacar que a estratégia é utilizada com êxito, já que dois dos três gols da goleada sobre a Universidad Católica saíram desta maneira: o segundo com Flores e o terceiro com Lizio.
A intensidade, a proposta e a forma de enxergar o jogo fez bem ao Bolívar. E o Bolívar faz bem ao futebol boliviano, que chega às oitavas de final da Libertadores após doze anos de ausência.
Pobre tecnicamente, o time de Hoyos não é candidato ao título, pelo contrário. Não será favorito diante de qualquer adversário na próxima fase. Provavelmente, aliás, vai encarar o Santos de Neymar e cia. Mas é um time agradável e que já faz história por chegar onde chegou. E com paciência e manutenção da linha de trabalho, parece poder ainda mais num futuro próximo.
---
Curta o Marcação Cerrada no Facebook e fique por dentro das novidades do blog.
Nenhum comentário:
Postar um comentário