Tentar diminuir a enorme conquista do Chelsea pelo futebol (não) jogado durante a temporada é uma besteira sem tamanho. Traçar uma estratégia e segui-la a risca, com enorme sucesso, deveria ser motivo de aplausos. Goste você ou não da tal estratégia escolhida. Foi o que fez o time de Roberto Di Matteo, quarto interino a conquistar a Europa.
Diferentemente do que imaginava-se, os ingleses mantiveram a estratégia do triunfo sobre o Barcelona na decisão. Diante de um Bayern de Munique também desfalcado, mas forte ofensivamente e jogando em casa, o Chelsea negou espaços marcando de forma abnegada no mesmo 4-1-4-1 com linhas muito próximas. Tornou o jogo chato, cansativo, com poucas chances. Mas manteve a impecável concentração durante quase todos os 90 minutos.
Acostumado a se reerguer nos momentos mais difíceis da difícil temporada, os Blues voltaram a parecer mortos após o gol de Thomas Muller aos 38 minutos do segundo tempo. Mas ressurgiram, das cinzas e da cabeçada certeira de Didier Drogba. O cascudo número onze do Chelsea assumiu a responsabilidade mais uma vez no momento de decidir. E se juntou ao enorme Peter Cech no comando da equipe que finalmente conseguiu atingir o sonho de Roman Abramovich.
Na prorrogação, Robben perdeu mais uma chance em momento decisivo, talvez na única falha de Drogba no jogo e no lance que deixou o craque marfinense perto de tornar-se vilão. Mas permitiu a Cech, um dia antes de completar 30 anos, brilhar defendendo três penaltis e levando a equipe à glória.
Goste ou não do estilo praticado pelo Chelsea, isto é futebol. É esporte, competitividade no sentido mais amplo da palavra. Estratégia perfeita, craques cascudos e assim o milionário inglês atinge o topo da Europa. Com justiça. Irretocável.
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