Pouco poder de fogo define empate sem gols em Uberlândia

Roth acabou de chegar ao Cruzeiro. Mas já deu algumas indicações do que pretende aplicar ao time. Jogadores mais próximos e o 4-2-3-1, seu esquema preferido. Mas sentiu falta de laterais com mais qualidade, de velocidade e de um ataque mais poderoso.

Adilson Batista preferiu seguir no Atlético-GO e dar sequência ao bom trabalho. Percebe-se em seu time a organização habitual. No 4-3-1-2, os goianos são fortes no meio-campo, valorizam a posse de bola e tentam jogar. Mas sentem a ausência do toque de qualidade capaz de achar espaços na defesa adversária. E do poder de fogo que o Cruzeiro também não tem.

Com estes problemas, o jogo em Uberlândia foi frio como o clima em Minas Gerais. Salvo alguns minutos de inspiração dos times (e principalmente dos goleiros), a partida foi de muita briga, muitos passes errados e pouca criatividade. O Atlético começou melhor e criou pelo menos três boas chances quase sempre se aproveitando do posicionamento e da partida ruim de Marcos. Mas não demorou para Celso Roth organizar o meio-campo com Éverton mais participativo na marcação para que o Cruzeiro crescesse.

Aos poucos os mineiros passaram a controlar o jogo e transformaram o goleiro Roberto no grande nome do confronto. Ele fez pelo menos três grandes defesas em jogadas de Montillo e Wellington Paulista. O 10 argentino, variando com Souza entre a articulação central e o lado direito, criou as melhores jogadas do Cruzeiro. Que dava pintas que marcaria o gol quando Anselmo Ramón exagerou na reclamação e levou cartão vermelho.

Com 11 contra 10, o Atlético tentou abafar mas não conseguiu infiltrar num Cruzeiro que abdicou totalmente do jogo. E o placar marcou um justo zero a zero na primeira partida das equipes no Brasileirão. Melhor para o Atlético-GO, um passo a frente do Cruzeiro embora tenha menos condições de contratar nomes para resolver seus problemas. Além de tempo, Roth percebeu hoje que vai precisar de pelo menos três bons reforços para fazer do Cruzeiro um time mais competitivo.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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