Só não viu quem não quis

Cinco derrotas, cinco empates e só três vitórias. Este era o desempenho de Vágner Mancini no comando do Cruzeiro no fim de 2011. O balanço já era negativo e com ele o time não deu nenhum passo de evolução, salvando-se do rebaixamento apenas na rodada final. Graças à atípica goleada sobre o rival, foi mantido. Só não viu quem não quis.

Dos 14 reforços contratados no início da temporada, só um vingou. O comum Marcelo Oliveira, liberado pelo Atlético-Pr, rebaixado à Série B. Do time de campanha ruim no último Brasileirão saíram os bons volantes Fabrício e Marquinhos Paraná. O Cruzeiro caminhou para trás. Só não viu quem não quis.

Wellington Paulista, artilheiro do Campeonato Mineiro, nunca foi solução para o ataque. Ele e Anselmo Ramón, sequer, formam a melhor dupla possível para o setor. Resultados e atuações no Campeonato Mineiro serviram para avaliação quando não deveriam. Só não viu quem não quis.

O Cruzeiro jogou só uma vez contra um adversário da Série A em 2012. Seis vezes contra times que vão disputar a Série B. Venceu duas, empatou uma, perdeu quatro. Mas acreditou numa evolução inexistente e em resultados ilusórios no Campeonato Mineiro. Só não viu quem não quis.

Nas últimas sete vezes que tinha entrado em campo, o Cruzeiro saiu atrás no placar. Hoje, não sofrer um gol contra o Atlético-PR era fundamental para tentar a classificação. Mas era inimaginável, diante dos imensos espaços dados no meio-campo desde o ano passado e das avenidas disponíveis nas laterais. Guerrón viu. Aproveitou para descer por ali e fazer o primeiro gol e dar o passe para o segundo. Só não viu quem não quis.

A diretoria do Cruzeiro não viu. Ou fingiu que não viu. Cinco meses se passaram e a única coisa que a equipe fez foi perder tempo. Eliminado da Copa do Brasil e do Mineiro, precisará se remontar faltando 10 dias para o Campeonato Brasileiro. Não dá pra dizer que foi uma surpresa. Só não viu quem não quis.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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