Tudo que vai volta e o Galo comemora

Na quarta-feira o texto neste blog dizia que o trio de arbitragem esteve mais perto de parar o líder Atlético-MG que o Santos. Não conseguiu, mesmo anulando dois gols legais dos mineiros. As reclamações eram justas, embora sempre soem exageradas por motivo que explicarei no fim deste post. Hoje, o erro crucial mudou de lado. Eram 42 minutos do segundo tempo quando Fred recebeu em condição legal e teve gol mal anulado pelo árbitro no Engenhão.

O jogo era entre o líder e o terceiro colocado. O primeiro grande desafio do Galo, fora de casa diante de um adversário forte. O Fluminense com Deco e Fred também sabia que o jogo seria complicado. E a postura dos dois times foi digna de uma das várias decisões que o Campeonato Brasileiro proporciona neste formato.

O início nervoso do Atlético deu espaços para o Fluminense trabalhar no meio-campo com Thiago Neves circulando sem marcação do lado esquerdo, nas costas de Marcos Rocha. Os mineiros reclamavam demais da arbitragem, não se concentravam no jogo e não jogavam. Aos poucos, porém, Cuca deslocou Leandro Donizete para fazer a marcação no setor, o time encaixou e melhorou. Tinha menos a bola, mas não corria riscos e conseguia chegar bem mais uma vez nas bolas longas para Jô, que costumeiramente levava vantagem.

O panorama do jogo só mudava quando a bola chegava à Wellington Nem. No mano a mano com Júnior César, o atacante ganhou todos os lances. Mas não conseguia dar sequência por não encontrar companheiros na mesma sintonia. Deco foi muito bem marcado, Thiago Neves jogou mal e Fred levou vantagem poucas vezes sobre a dura e boa marcação de Leonardo Silva.

Equilibrado, o jogo mudou quando os técnicos precisaram mudar. Cuca trocou Danilinho e Bernard por Guilherme e Escudero. Não ficou com um time pior em campo. Mas perdeu características fundamentais para o sucesso do líder até aqui: a rápida recomposição e a bola longa pelos lados para contra-atacar. O Atlético não chegava mais e permitiu a Abel Braga ousar com Marcos Júnior e Wágner no time. A pressão era grande quando o lance decisivo foi mal interpretado pela arbitragem.

O empate foi bom para o Atlético que manteve a liderança e a vantagem para o segundo colocado. Mais do que isto, mostrou que pode enfrentar qualquer adversário na competição. Mostrou força, conjunto, qualidade. E "sorte", pois o erro a favor veio num jogo em que era fundamental somar pontos. O Fluminense deixa escapar a chance de encostar na briga pela primeira posição em jogo em que foi melhor, mas que sofreu com a partida apagada de peças importantes.

Sobre a reclamação, é sempre a mesma coisa. Quem tem o erro contra, chora. Quem tem a favor, se cala. Enquanto a postura não mudar, a arbitragem seguirá errando. Cada hora para um. Cada hora contra um. O silêncio de hoje, é o "mimimi" de amanhã. Serve como muleta e parece ser mais simples do que cobrar uma solução definitiva e a melhora na preparação dos árbitros. Enquanto a postura do favorecido não mudar, nada vai mudar.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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