A paciência venceu

A noite de domingo no Independência teve dois times completamente opostos em campo. Um era organizado, o outro não. Um sabia o que queria, tinha uma proposta bem definida, o outro não. Um tinha paciência para conquistar os objetivos, o outro não. Difícil imaginar que o primeiro não sairia com a vitória como foi.

Depois da vitória sobre o Palmeiras, Celso Roth teve uma semana para trabalhar o Cruzeiro e manteve praticamente o mesmo time que havia feito boa partida no domingo anterior. Curiosamente, involuiu. Muito por méritos de uma Ponte Preta muito organizada e consciente.

Gilson Kleina variou seu time taticamente visando sempre bloquear o time celeste e avançar sempre que houvesse espaços. Gerônimo jogaria como terceiro zagueiro, mas com Borges como único atacante no 4-2-3-1 celeste, saiu para dar combate a Wallyson (no primeiro tempo) e Montillo (no segundo tempo, quando inverteu o lado com o atacante). A estratégia liberava Cicinho para jogar à vontade ofensivamente, aproveitando os espaços dados por Diego Renan e Leandro Guerreiro no setor esquerdo celeste.

Os gols marcados pela Ponte no início do primeiro e do segundo tempo, deixaram ainda mais clara a falta de paciência do Cruzeiro. Que passa pelo campo e pela arquibancada em efeito contínuo. Em todos os lances, o time de Celso Roth jogava como se fosse a última bola. Assim, acelerava contra um adversário fechado, errava e dava espaços para os contragolpes. Que a Macaca não soube aproveitar para definir o jogo correndo riscos graças somente à mais uma grande atuação de Borges, que consegue se virar sozinho na frente. Montillo, voltando a jogar como em outros tempos, ainda não encontra companheiros na mesma sintonia e erra muito tentando resolver sozinho.

O Cruzeiro é um time em formação. Vai jogar bem e jogar mal. Vencer e perder. A tendência é brigar no meio da tabela até que se organize. Precisa ter paciência e principalmente cabeça no lugar para conseguir superar adversidades que certamente estão por vir. Um gol do adversário não pode causar efeitos tão gritantes no time como vem acontecendo. Enfrentar adversários organizados como a Ponte Preta de Gilson Kleina pode ser mais complicado do que enfrentar uma equipe mais forte que ofereça espaços como aconteceu contra Flamengo e Palmeiras.
---
Curta o Marcação Cerrada no Facebook e fique por dentro das novidades do blog.

Nenhum comentário:

Quadro Negro

Quadro Negro
O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

Marcação no Facebook

Marcadores Online

Marcação Arquivada

Desde Ago/2007

Marcação no Twitter