Eficiência garante medalha ao Brasil

O desempenho mais uma vez não foi ótimo, embora os números novamente apontem para um grande resultado. A goleada por 3 a 0 sobre a Coreia do Sul, que garantiu o Brasil na final dos Jogos Olímpicos foi "mais do mesmo" do time de Mano Menezes. Jogo equilibrado, com altos e baixos dos brasileiros mas resultado confortável no fim. No sábado, o ouro inédito pode vir contra o México.

No início do jogo a postura dos coreanos surpreendeu e assustou. Linhas adiantadas e muita posse de bola incomodavam o sistema defensivo do Brasil. Juan e Sandro, principalmente, faziam sempre a opção pela bola longa e facilitavam o trabalho dos asiáticos que controlavam o jogo e criaram pelo menos duas boas chances de gol nos primeiros 15 minutos.

Demorou, mas o Brasil entrou no jogo. Com Alex Sandro promovido ao time titular na vaga de Hulk, Neymar teve mais liberdade para jogar mas acabou encaixotado pela boa marcação de Ja-Cheol. O craque santista de novo não fez grande partida. Mas novamente foi eficiente e fundamental, participando dos três gols.

O primeiro deles marcado por Rômulo. Sem Hulk, o lado direito do ataque brasileiro estava abandonado já que Oscar tem tendência a centralizar muito. O volante vascaíno percebeu o espaço e se soltou por ali. Em uma das jogadas, bola recuperada por Neymar e bom passe de Oscar além da ajuda do goleiro fizeram o Brasil, que já era melhor, abrir o placar.

A etapa final começava com panorama semelhante ao do primeiro tempo. O Brasil repetia a insegurança na saída de jogo e os coreanos intimidavam. Sandro, muito abaixo do comum nas Olimpíadas, errou e contou com a sorte quando fez penalti não marcado pela arbitragem. O que parecia virar um drama, virou goleada quando Neymar abandonou o meio e foi para o lado esquerdo. Ocupado por Neymar, Alex Sandro e Marcelo, aquela parte do campo tornou-se praticamente impossível de marcar. Ali nasceram os dois gols do artilheiro Leandro Damião, voltando à velha forma e ao costume de marcar gols "de qualquer jeito".

No primeiro, boa trama de Neymar e Marcelo. No segundo, lançamento incrível de Thiago Silva e jogada de Neymar que acabou nos pés de Damião. 3 a 0 sem brilho, mas com muita eficiência.

Palavra que será chave na decisão do ouro contra o México. Além de tentar esquecer a pressão pela conquista inédita, os comandados de Mano Menezes precisarão repetir a eficiência contra um adversário muito forte. Porém, se ainda não é um time consistente e o mais equilibrado dos Jogos até aqui, ninguém mostrou tanto poder de decisão quanto o Brasil. É o que pode fazer a diferença: eficiência.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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