"Adversário dos sonhos" recupera o Santos

Eram apenas 9 gols em 14 jogos. Só uma vitória nas últimas seis rodadas. A reação era necessária para o Santos. E urgente. Esperar Neymar voltar dos Jogos Olímpicos não parecia boa opção. Encontrar o Cruzeiro, na Vila Belmiro, sim.

Depois de derrota para a Ponte Preta, Celso Roth resolveu fazer uma mudança no Cruzeiro. Acertou no volante que entrou no time (Sandro Silva) mas errou no que saiu (Charles). O time perdeu qualidade na saída de bola e continuou com o excesso de espaço na entrada da área com Leandro Guerreiro aprofundando pra marcar atrás dos zagueiros. Foi este espaço que Felipe Anderson aproveitou para abrir o placar em belo chute da meia-lua.

Se não funcionava atrás, o Cruzeiro se soltava bem quando a bola chegava à Montillo. Crescendo pelo lado esquerdo, o argentino se movimenta cada vez melhor, adaptado à função. Trazia a bola para dentro e fugia da marcação com liberdade para acionar Wallyson, outro que entrava bem na diagonal.

O Santos também tinha seus problemas defensivos. Bruno Peres atacava demais e não marcava Montillo. Leandrinho fazia bem a saída de bola pelo lado esquerdo, mas ajudava pouco na marcação. E Bruno Rodrigo errava no posicionamento justamente com quem não podia falhar: Borges. Foi do ex-jogador do Santos o gol de empate.

E assim, nos erros dos dois times, os gols foram saindo. Sandro Silva errou a saída, a defesa do Cruzeiro demorou na recomposição, e a velocidade dos jovens Leandrinho e Victor Andrade foi suficiente pra recolocar o Cruzeiro na frente.

No intervalo, Roth mudou o time celeste e o viu crescer, apoiado no recuo excessivo do rival. Charles melhorou a saída de bola e a marcação. Élber prendia Bruno Peres. Os mineiros já eram donos do jogo quando empataram em cobrança de falta de Ceará. E davam toda a pinta que virariam quando outra falha defensiva colocou tudo a perder. Três rebatidas dentro da pequena área e ninguém para cortar antes de Durval balançar as redes. A equipe sentiu o gol e parou de ameaçar, dando espaço para um reoxigenado Santos com Pedro Paulo finalmente fazendo sua função preferida no meio-campo e construindo a jogada do quarto gol, marcado por Bill.

O Santos ainda não tem motivos para se empolgar. Não vai encontrar jogos fáceis e com tantos espaços como o Cruzeiro muitas vezes no Brasileiro. Tem bons jovem em quem se apoiar para buscar a reação mas precisa que Muricy de fato confie neles e não os use apenas em último caso. Já o Cruzeiro, precisa voltar a olhar no espelho. Desde que assumiu a liderança e passou a querer propor mais o jogo, só caiu. Organizar a defesa é o melhor ataque. E a única saída.

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