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Um ponto somado. Uma chance perdida

O panorama parecia ideal para ficar em situação confortável. Depois da vitória sobre a Sérvia na estréia e a derrota dos alemães para o mesmo adversário na segunda rodada, enfrentar a equipe mais frágil da rodada inicial parecia um prêmio para disparar na liderança do grupo. Gana porém, não soube aproveitar. Mesmo jogando grande parte do jogo com um jogador a mais.

É preciso destacar que a Austrália mudou (e muito) a postura para esta partida. Era outro time em relação ao goleado pela Alemanha na estréia. Se portou melhor no 4-2-3-1, com a defesa mais bem protegida e sem deixar tantos espaços nas costas de seus laterais e zagueiros. Como seus três meias voltavam para marcar até na intermediária quando preciso, faltava espaço para o time ganês fazer infiltrações.

E por isso, os australianos tinham o jogo sob controle até os 25 minutos, quando já venciam por 1 a 0 na falha de Kingson. O jogo mudaria, no entanto, após a expulsão do experiente Kewell, que cortou com o braço bola que terminaria no fundo do gol. Penalti e empate, com Gyan.

Era tudo que Gana precisava para ir para o ataque, pressionar e buscar uma vitória fundamental. O time, porém, pecou. Faltou variação tática e mobilidade ofensiva. O time não conseguia furar o bloqueio do 4-3-2 armado pela Austrália com um homem a menos. Acabou resolvendo apostar em inofensivos chutes de longa distância, não conseguindo oferecer perigo e por muitas vezes permitindo ao adversário os contra-ataques.

Por fim, o 1 a 1 deixa Gana em situação complicada no grupo. Pode se classificar, mas terá tarefa duríssima diante da Alemanha. Se conseguiram aproveitar a atuação ruim da Sérvia na primeira rodada, faltou qualidade para ameaçar australianos com um a menos na segunda. Por isso, dá para acreditar, mas apenas se a Alemanha não repetir as boas atuações até aqui.

O futebol também dá as caras

Nem só de jogos modorrentos e com poucas chances de gol vive a primeira rodada da Copa do Mundo. A Alemanha salvou o domingo jogando um futebol agradável, vistoso e aproveitando-se das fragilidades de uma envelhecida Austrália para a primeira goleada do Mundial.

Enquanto os alemães se renovaram e se reinventaram nos últimos 4 anos, a Austrália parou no tempo. Entre os 11 titulares, o mais jovem tinha 28 anos. Além disso, o técnico holandês Pim Verbeek apostou que poderia fazer os australianos jogar dentro das características de seu país. Perdeu tudo!

Com um time velho e pesado, jogar em linha era a pior decisão possível. Num 4-4-2 ortodoxo, tentando aproximar defesa e meio-campo para diminuir os espaços, a seleção da Austrália simplesmente inexistiu. Ficou fácil para a Alemanha jogar em velocidade, aprofundando o jogo e saindo nas costas dos zagueiros e laterais à todo instante.

Depois de um 2 a 0 com sobras no primeiro tempo, a tarefa ficou ainda mais fácil no segundo, quando Cahill foi expulso. A Alemanha administrou mas não deixou de atacar. E ganhou ainda mais qualidade com a entrada do brasileiro Cacau, que marcou em seu primeiro toque na bola. O artilheiro Klose é eficiente e experiente. Mas com o brazuca, o ataque fica mais veloz e abre ainda mais espaços para as chegadas de Ozil e Muller.

O jovem time alemão surpreendeu. Talvez pela falta de qualidade do adversário, que deixou muitos espaços. Talvez pelas exibições com pouco brilho da maioria das seleções até aqui. De toda forma, quando é possível unir qualidade e tradição, forma-se um grande favorito. E hoje, é impossível não se empolgar com a Alemanha. É preciso porém, cuidado na avaliação. O time ainda carece de testes mais difíceis.

Quadro Negro

Quadro Negro
O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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