O Marcação Cerrada completa hoje 5 anos. Data surpreendente para quem não consegue se lembrar outra coisa que fazia em 2007. Tudo na minha vida costuma mudar rápido e durar pouco, o Marcação não.
É como um filho que cresce e cria necessidades. O Blogger que atendeu tão bem durante todo este tempo, ficou pequeno. E o Marcação Cerrada ganhou uma casa nova.
Com ar mais moderno mas com as mesmas características. Posts rápidos, conteúdo atualizado e muita informação.
Fiquem à vontade! A casa nova também é de vocês, que fizeram este blog crescer durante todos estes anos.
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Fevereiro de 2010. Roger estreou pelo Cruzeiro saindo do banco e resolvendo o clássico contra o Atlético-MG, que terminou com vitória celeste por 3 a 1. O jogo que ficou marcado pelo bem-humorado "flanelation" promovido pela torcida cruzeirense, marcou também a última vez que as torcidas rivais se encontraram em um estádio de futebol.
De lá para cá, oito clássicos jogados no interior (Arena do Jacaré e Parque do Sabiá). Todos com "torcida única". A expectativa era que a situação voltaria ao normal quando os jogos voltassem para Belo Horizonte. Ledo engano e doce ilusão. O jogo do próximo domingo não contará com a presença de nenhum torcedor do líder do Campeonato Brasileiro.
O Independência é um estádio complicado. As vias de acesso são poucas e apertadas. Evitar um confronto entre as torcidas seria missão difícil, mas não impossível. Assim é na Ilha do Retiro, no Pacaembu, na Vila Belmiro e diversos outros estádios Brasil afora. Vale lembrar que teoria da própria Polícia Militar de Minas Gerais garante que as grandes confusões acontecem em pontos distantes do entorno do estádio (ou pelo menos era o que diziam nos tempos de Mineirão).
Proibir é mais fácil que educar. Afastar é mais simples que cuidar. Perde o torcedor e perde o espetáculo. Tudo por conta de alguns poucos baderneiros (sim, eles são minoria) e de autoridades que preferem não assumir responsabilidade.
É a vitória da preguiça e da impunidade. Mudar a mentalidade é importante, mas só acontecerá com atitude enérgica das autoridades. O contrário é impedir, cada vez mais, que gente de bem frequente um local onde não há lei.
As belas cenas das "disputas" das torcidas nas arquibancadas está na memória de atleticanos e cruzeirenses. E parece que continuará apenas lá, bem longe dos estádios de Minas Gerais.
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Aleluia! Finalmente! Já era hora! Foram alguns dos gritos escutados após a exibição do M. Cerrada FC neste fim de semana. Pela primeira vez, desempenho digno de quem venceu a primeira temporada da Liga. Graças principalmente à atuação de gala de Marcelo Moreno (25,9) ajudado por Werley (11,3) e Hernán Barcos (11,3). O esquema 3-4-3 funcionou e deve ser mantido. Serviu para fazer o time subir mais uma posição na tabela, chegando ao 15º lugar.
O destaque da rodada foi o 1º Campeão Brasileiro, do Daniel Franklin. Ótimos 118,25 pontos conquistados com escolhas certeiras na escalação. Dois jogadores ficaram acima dos 20 pontos: Ayrton (21,3) e Marcelo Moreno. Outros dois ficaram acima dos 10 pontos: Diego Cavalieri (11) e Rhayner (11,4). Só Réver (3,2), Leandro Euzébio (4,8) e Bernard (2,1) ficaram abaixo dos cinco. A rodada positiva fez o time também subir uma posição, ficando no 14º lugar com vantagem confortável em relação ao Marcação.
A liderança também mudou de mão nesta rodada. O Galo13fc reencontrou o bom aproveitamento e ultrapassou novamente o ElkeChopp. Foram 99,73 pontos. Destaques para Diego Cavalieri e Marcelo Moreno. São 9,24 pontos de vantagem em relação ao vice líder da liga, com o @THICAMPOSMOTA acompanhando a disputa à distância.
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Na reta final do primeiro turno do Campeonato Brasileiro, o Vasco dá sinais de queda. De rendimento e resultados. Pesam contra o time de Cristóvão Borges a saída de três titulares importantes (Fágner, Rômulo e Diego Souza) de forma simultânea. E ainda a queda técnica de jogadores fundamentais como Fernado Prass, Felipe e Alecsandro.
Na reta final do primeiro turno do Campeonato Brasileiro, o Flamengo dá sinais de crescimento. Tardios, graças à demora para trocar o comando de Joel Santana. Dorival Júnior agiu rápido e a equipe já é outra. Repleta de garotos promissores e organizada num 4-3-3 que tem boa recomposição com marcação forte e velocidade nos contra-ataques.
Não foi empolgante o clássico carioca. O Vasco começava a controlar o jogo quando Fernando Prass falhou no chute de Ramón e Vágner Love não perdoou. Éder Luís que jogava bem pelo lado esquerdo caiu de rendimento e o time foi junto. Faltou força para reagir. Faltou a jogada individual que desarmaria o bom sistema defensivo do Flamengo que tinha Negueba e Thomás recuando atrás do meio-campo fazendo o time defender no 4-1-4-1. Se ainda não enche os olhos, já mostra força como time. Cada vez mais eficiente e difícil de ser batido.
O Vasco desgarra da briga pela ponta que tem desempenho impressionante do Fluminense e principalmente do Atlético-MG. Ainda não pode (nem deve) ser descartado, mas precisa se reinventar. Mais do que soluções para as saídas de jogadores, achar alternativas para os que estão em má fase técnica é fundamental. Talvez seja a hora de ir ao mercado. Antes que seja tarde.
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O trabalho que começou com Ney Franco na Série B de 2010, segue firme no seu rumo com Marcelo Oliveira. O Coritiba que chega quase à metade do Campeonato Brasileiro perto da zona do rebaixamento, dá sinais de que tem tudo para se reerguer mais uma vez. Graças aos acertos no mercado e a continuidade do planejamento. Os dois vice-campeonatos seguidos na Copa do Brasil não são obra do acaso.
Na goleada por 4 a 0 sobre o Cruzeiro, o Coritiba foi o dono do jogo. Controlou o meio-campo, teve velocidade pelos lados e poderia ter feito mais gols. Mostrou bons nomes, principalmente o lateral direito Ayrton que assumiu o posto de titular do time ainda no primeiro semestre mas que torna-se figura cada vez mais importante na equipe. Também apareceram bem Luccas Claro, Júnior Urso e Robinho.
Se o Cruzeiro teve desfalques importantes, o Coritiba também teve. Emerson, Pereira, William e Éverton Costa são titulares importantes que não entraram em campo pelo Coxa.
A capacidade de reconstrução faz do Coritiba cada vez mais forte. É se reinventando que o time de Marcelo Oliveira segue perto das grandes conquistas. Difícil imaginar que chegue até mesmo à Libertadores do ano que vem. Mesmo perdendo sempre seus principais jogadores para o mercado, porém, o time segue brigando em iguais condições com fortes concorrentes.
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O melhor do futebol europeu voltou, de fato, neste fim de semana. O melhor do futebol, voltou na Inglaterra. A Premier League é hoje o melhor campeonato para se assistir, por todos os aspectos. Atmosfera fantástica, gramados impecáveis, times tecnicamente fortes, jogos empolgantes. Tem tudo o que um bom jogo pede.
Não consegui ver tanto quanto queria nesta primeira rodada.
Vi um pouco do Arsenal que controlou totalmente o Sunderland mas sentiu falta de poder de fogo sem Van Persie. Empatou por 0 a 0 criando poucas chances. É um time agradável de assistir, como sempre. Mas precisa se reforçar se quiser brigar até mesmo por vaga na Champions League.
Vi um pouco do Chelsea, que infelizmente já havia feito 2 a 0 no Wigan quando eu cheguei. Não correu riscos e controlou o adversário mostrando organização. De positivo, a estreia de Oscar, que mostrou que pode crescer demais jogando no futebol inglês. Deve disputar posição com Mata e Hazard, mas pode tornar-se uma alternativa viável para Lampard na saída de bola.
O único jogo que vi completo, pelo jeito, foi o melhor da rodada até aqui. O Manchester City começou a competição como terminou a última. Virada empolgante e desempenho de alto nível contra o Southampton. Força no meio-campo com o estreante Rodwell e principalmente Yaya Touré marcando forte e qualificando a saída de bola. No 4-4-2, Tévez e Aguero (que saiu machucado no início dando lugar a Dzéko) se movimentavam para abrir espaço para os meias abertos Silva e Nasri, jogando com os pés invertidos. O City criou mais, foi superior, deu espaços tentando definir o jogo e levou a virada. Mas conseguiu reverter novamente o placar em jogo aberto e emocionante. Ótimo como costuma ser na competição.
Claro que não são apenas grandes jogos. Claro que não são times sempre equilibrados. Mas a Premier League, em geral, é excelente para quem gosta de futebol. E tem nos times de Manchester os grandes favoritos ao título. Nacional e também continental. United e City chegam forte também para disputar a Champions League.
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