Venceu quem joga mais. E melhor.

A Espanha do jogo de controle e de títulos foi chamada de "chata" por alguns que a viram na Eurocopa. Justo, diga-se. Em vários momentos da competição, faltou ímpeto e poder de definição para um time que parecia tocar a bola sem um propósito no campo ofensivo. A "culpa" pela pressão em cima de seu futebol era da própria Espanha. Todos sabiam que o time podia mais. E contra a Itália, ficou provado que a maioria estava certa.

Com menos posse, mas com toques incisivos e velocidade, a Espanha colocou a cereja no bolo. Venceu a Itália com goleada incontestável, conquistou o terceiro título em seis anos e seguiu sem levar gols em mata-mata desde as oitavas da Copa do Mundo de 2006. Rendimento impressionante. Futebol também.

Com Xavi aparecendo bem pela primeira vez na competição, o time teve o toque de qualidade que faltava. O toque preciso, vertical. Pronto para aproveitar as investidas de Silva, Fábregas e Alba. A Itália, dentro de sua nova característica, tentou anular o adversário jogando. Chegou a ter mais posse, marcou com as linhas adiantadas e teve paciência com a bola. Mas não teve o brilho individual que resolveu o jogo e a competição.

No segundo tempo, quando Prandelli errou ao queimar a regra três cedo demais, a Itália acabou pagando. Perdeu Thiago Motta machucado pouco depois de entrar e ficou com dez jogadores. Um convite para uma Espanha com ótimas opções no banco transformar a vitória parcial por 2 a 0 em goleada. Pedro, Mata e Torres entraram para reoxigenar o setor ofensivo e participaram ativamente dos dois gols que definiram o placar.

Duas euros consecutivas com uma Copa do Mundo entre elas. Um banco sensacional e uma geração que promete fazer bonito também nas Olimpíadas. A histórica Espanha joga e joga bem. E ainda parece ter potencial para alguns anos de domínio depois de se acostumar a ganhar.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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