Hora de tomar atitude

Não restam dúvidas quanto ao talento e à qualidade de Neymar. É um jogador extraordinário, fora-de-série, que ainda tem muito a evoluir e tudo para se tornar um dos melhores do planeta. O que pode não acontecer, se não for tomada uma atitude severa agora.

Parece exagero, mas não é, quando Renê Simões (sereno como é) fala que estamos prestes a criar um monstro. E no "estamos" eu incluo torcedores, jornalistas, técnicos e jogadores. Por ser tão bom dentro de campo, acostumamos-nos a ficar despreocupado com o que Neymar faz fora dele. Ou o que faz dentro dele, sem a bola.

A discussão estúpida com Dorival Júnior, as reboladas e o bico ao fim do jogo precisam ser a gota d'água. Para o bem do Santos, do futebol e principalmente de Neymar.

O problema de ontem foi bem diferente do que teve Ganso com o treinador na final do Campeonato Paulista. Ganso não faltou com respeito com o técnico e com o grupo. Apenas indicou que para ele, o melhor caminho naquele momento era outro.

Aliás, Ganso faz muita falta a Neymar. Não só pela qualidade dentro de campo. Mas com ele, os holofotes se dividem e a pressão sobre o ainda garoto atacante é menor. Sendo o único foco que sobrou dos "Meninos da Vila", Neymar se deslumbrou, principalmente após a proposta do Chelsea. Achou que pode fazer tudo sozinho e pior: fazer o que quiser.

Pelo que conheço de Dorival Júnior, ele deve tomar uma atitude. O ideal seria afastar Neymar por um tempo, para que ele coloque a cabeça no lugar. E sem ele, com o foco novamente na equipe do Santos, talvez ele perceba que é só mais um. Um muito especial. Mas apenas mais um.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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