Neymar Futebol Clube

A injusta demissão de Dorival Júnior do Santos Futebol Clube pegou a todos de surpresa. Por mais que o técnico já desse sinais de desgaste em sua relação com diretoria e jogador (sim, a palavra vai no singular), ninguém esperava o desfecho desta história de maneira tão repentina.

A escolha não é boa para ninguém. Na queda de braço entre Dorival Júnior e Neymar não há vencedor, apenas derrotados. Não só os dois, como tudo que cerca a desavença entre técnico e jogador saem perdendo nesta triste história.

Antes de mais nada, é preciso avaliar o que aconteceu no jogo Santos e Atlético-GO. Relatos dão conta de que o episódio dentro de campo foi apenas o início de um fato muito mais grave. Neymar teria discutido asperamente com o técnico no vestiário e atirado uma garrafa em um membro da comissão técnica. Fatos que muito provavelmente virão à tona agora, após a demissão do treinador.

Defendi aqui no blog, no dia seguinte ao episódio, uma punição severa ao jogador. Era preciso corrigir Neymar, um jogador ainda jovem, que tem muito a aprender e que tem tudo para ter um futuro brilhante à frente. Punir neste caso, serviria como um aprendizado fundamental para Neymar. Se um jogador não respeita seu treinador e seus companheiros de time, o que fará com adversários ou até mesmo com as pessoas na rua?

Mas Neymar tornou-se grande e importante demais para a diretoria do Santos deixar Dorival Júnior educá-lo. Justo ele, que recusou proposta milionária do Chelsea e fez um contrato exorbitante com o Santos, não poderia ficar fora do time. Principalmente após as saídas de Wesley e Robinho e a lesão de Ganso. O clube pensa no agora é pode estar desperdiçando o futuro.

Dorival foi firme. Íntegro como sempre em sua carreira. Além de baita técnico é uma grande pessoa. Quem já acompanhou seu trabalho de perto sabe disso. Com os títulos e o trabalho excelente que fez no Santos, tornou-se definitivamente da prateleira de cima. E acabou desempregado justamente por ter seguido seus princípios. Não lamento por ele. Dorival merecia mais respeito, mas tenho certeza que ele não durará duas semanas sem emprego.

Lamento muito mais pelo Santos. E também por Neymar. A imagem que fica é de que o garoto mimado pode fazer o que quiser e contará com o aval do clube. Da forma que for, ele precisa é estar em campo.

A diretoria perde um prestígio que vinha conquistando com um trabalho diferenciado. Cai na vala do comum. Não teve tato e competência para lidar com a situação.

Neymar se achará (talvez com razão) o dono da situação. Deve achar que foi uma grande vitória. Ledo engano. E talvez ele já comece a perceber isto na quinta-feira, quando Mano Menezes não deverá convocá-lo para a Seleção. Apenas o início de uma vida que promete ser muito mais dura com ele daqui em diante. Após toda esta história, o garoto fica proibido de errar. Afinal, precisará justificar dentro de campo, a decisão da diretoria.

No Santos, agora quem dá bola é o Neymar. Pobre do próximo treinador do Peixe...

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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