Antes de tecer qualquer comentário sobre a polêmica arbitragem de Sandro Meira Ricci no Pacaembu, é preciso falar algo importante, esquecido pela maioria. Corinthians e Cruzeiro fizeram uma ótima partida. Para este que vos escreve, uma das melhores do Brasileirão até aqui. Pelo simples fato de serem dois baita times, que dá gosto assistir.

Como esperado, a partida acontecia no meio-campo. E o Cruzeiro levou a melhor no primeiro tempo porque encaixou melhor a marcação. Além da partida perfeita de Gil e Léo, Marquinhos Paraná conseguia anular Bruno César e Fabrício não só marcava bem Elias como conseguia sair para o jogo.
Já o Corinthians, demorou para perceber o posicionamento de Gilberto. Ora era lateral esquerdo, ora era meia. E tinha liberdade para jogar, desafogando a armação, que não poderia ficar toda a cargo de Montillo, muito bem marcado por Ralf.
Pelo equilíbrio e importância da partida, foi um jogo de poucas chances de gol. O que não quer dizer que foi ruim, pelo contrário. Fábio não teve que fazer nenhuma intervenção importante até os 43 minutos do segundo tempo. Júlio César apareceu bem duas vezes (na primeira, Thiago Ribeiro preferiu cavar o penalti do que fazer o gol; na segunda, salvou a bola do jogo, dos pés de Wellington Paulista).
Outras oportunidades poderiam ser criadas pelos mineiros, não fossem os quatro impedimentos muito mal marcados pelo trio de arbitragem (três no primeiro tempo, um no segundo). Thiago Ribeiro ainda sofreu falta clara na entrada da área (longe de ser penalti), ignorada por Sandro Meira Ricci.
Mas como nem sempre é de justiça que se faz o futebol, Ricci viu penalti de Gil em Ronaldo, aos 43 minutos do segundo tempo. Revolta cruzeirense, e gol do Fenômeno, sacramentando a liderança (pelo menos até o jogo do Fluminense, hoje) e colocando o Corinthians definitivamente na briga pelo título.
Mais uma vez, prefiro não acreditar em "teoria da conspiração". Os árbitros erram porque são ruins e não são profissionais. Erram contra todos, como já erraram contra o Corinthians. Favorecem todos, como já favoreceram o Cruzeiro (o mesmo Ricci marcou penalti semelhante a favor do Cruzeiro, contra o Atlético-MG). O ruim é que todos só reclamam quando são prejudicados. E aí, nada é feito para melhorar o nível da arbitragem.
O penalti de Gil é discutível. Eu não marcaria. Mas o jogador foi imprudente, em um lance onde o atacante estava de costas para o gol. O discutível não é a marcação. Mas a convicção de um árbitro que errou tanto durante a partida (em lances mais claros) ao marcar a penalidade aos 43 do segundo tempo.
O post, deveria ser para exaltar o grande jogo entre dois dos melhores times do país. Mas mais uma vez, fui obrigado a gastar linhas e linhas para discutir arbitragem.
Ontem no Pacaembu, assim como em 2005, o futebol foi o grande derrotado.
2 comentários:
Vou falar uma coisa séria. A arbitragem brasileira tá fazendo vergonha e é preciso vê isso urgente para o bem do futebol. Sei que erros acontecem as vezes, mas tá sendo de mais e erros absurdos que acaba com o planejamento do clube no ano.
Eu achei sim que foi penalti. Gil não visou a bola em momento algum, ele foi nas costas do Ronaldo, que tinha o dominio da pelota, mas é importante frisar o critério do árbitro, que já apontou a cal em lances semelhantes, como o citado no clássico mineiro e os dois no empate entre Atlético-GO 2x2 Internacional, um para cada lado.
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