Mais uma atuação segura e precisa. Foi o suficiente para o Manchester United vencer o Chelsea pela segunda vez e garantir vaga nas semifinais da Champions League (provavelmente contra o Schalke, que goleou a Inter no primeiro jogo na Itália).
Alex Ferguson manteve o 4-4-1-1 dos jogos decisivos na temporada. O jovem Chicarito ganhou a vaga de titular no ataque, com Rooney fazendo a transição. Já o Chelsea, entrou com mudanças táticas e uma surpresa: a manutenção do inofensivo Torres (11 jogos e nenhum gol pelos Blues) com Drogba ficando no banco de reservas.
Bem organizado num 4-3-2-1 que privilegiava o toque de bola no meio-campo, o Chelsea começou melhor o jogo. Principalmente pelo lado direito, onde Ramires fazia partida acima da média e Anelka também aparecia bem. Com quase 60% da posse de bola, o time de Ancelotti foi superior e criou pelo menos três boas chances de gol não aproveitadas.
Aos poucos o Manchester percebeu o jogo e se tranquilizou. Adiantou as linhas (com Nani e Park se aproximando de Rooney num quase 4-2-3-1) passou a controlar a bola e diminuiu os riscos. Até que no fim da etapa inicial, Giggs fez boa jogada pela esquerda e aproveitou falha da marcação para deixar Hernández com o gol vazio (18º gol do mexicano na temporada).
Com 2 a 0 no placar agregado, o Chelsea se viu obrigado a mudar. Drogba assumiu o posto que deveria ter sido dele desde o minuto inicial e o time voltou a melhorar na partida. Pouco depois saiu Anelka, cansado, para a entrada de Kalou. Ancelotti queria passar o time para o 4-3-3, adiantando Malouda, mas teve que rever seus planos após a expulsão de Ramires (ao meu ver exagerada) aos 25 minutos.
Com um jogador a mais, o Manchester passou a tocar a bola esperando o tempo passar. Perdeu a oportunidade de matar o jogo e levou um susto quando descuidou de Drogba. Lançamento de Essien e gol do atacante (o melhor do Chelsea nos dois confrontos). O empate traria drama para os minutos finais não fosse o tento marcado logo em seguida por Park, em outro descuido da defesa e outro passe de Giggs.
O Manchester foi pressionado em grande parte do confronto. Mas teve na ótima atuação de Van der Sar a segurança defensiva que garantiu o bom resultado. Aos 40 anos, o goleiro promete encerrar a carreira no fim da temporada. No auge, deixará saudades.
O Manchester soube decidir o confronto nos momentos mais difíceis. Os três gols marcados sobre o Chelsea, saíram em jogadas de Giggs. Aos 37 anos, pelo lado esquerdo ou pelo meio, o jogador controla o jogo do United e tem experiência fundamental no jogo dos Reds.
10 jogos, 7 vitórias e 3 empates. Se fez apenas 12 gols, compensou sofrendo só três. Com suas panelas velhas, Ferguson não faz um banquete como o Barcelona. Mas o "feijão com arroz" já levou o Manchester às semifinais. E não aconselho duvidarem que o chef pode ainda mais.
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