Round 1 a 1.

Foi apenas o primeiro dos quatro duelos que Barcelona e Real Madrid vão ter nos próximos dias. O que valia menos (já que mesmo se vencesse, o Real ainda continuaria apenas com chances remotas no Campeonato Espanhol). Mas já tivemos um bom aperitivo do que pode acontecer nas próximas semanas quando os dois melhores times do planeta medirão forças pela Copa do Rei e Champions League.

Mourinho e Guardiola mandaram a campo o que tinham de melhor. Sabiam que precisavam de força máxima e que o primeiro jogo poderia definir o rumo das partidas seguintes de maneira indireta.

O Barcelona manteve o 4-3-3 que encanta o planeta há três temporadas. Puyol voltou ao time e foi fundamental enquanto esteve em campo para comandar o sistema defensivo. Novamente a equipe catalã apostou no jogo ofensivo e de paciência com a posse de bola (alcançado incríveis 83% de posse de bola em determinado momento do jogo).

Mourinho mudou a estratégia e a formação para tentar surpreender (e impedir o jogo eficiente do rival). Adiantou Pepe para jogar como primeiro volante, fazendo o primeiro cerco à Messi, com Albiol na zaga. E adiantou Alonso e Khedira para bater de frente com Iniesta e Xavi. A estratégia era marcar forte o Barcelona, mantendo a intensidade ofensiva com Cristiano Ronaldo e Dí Maria invertidos (com o argentino correndo atrás de Daniel Alves e Cristiano Ronaldo com mais liberdade).

O jogo foi equilibrado e muito bem disputado. O Real Madrid diminuía os espaços e não se viu um passeio como nos 5 a 0 do primeiro turno. Muito pelo contrário. O Barcelona também teve que se cuidar na defesa e não conseguia sair para o jogo com a mesma desenvoltura de outras partidas. Pepe fez ótima partida (apesar dos exageros na violência em alguns lances) e conseguiu marcar Messi da melhor forma possível.

Partida tão disputada, com times tão qualificados, só poderia ter sido decidida em detalhes ou falhas individuais. Foi o que aconteceu quando Albiol se atrapalhou e fez penalti claro em Villa. Expulsão e gol de Messi (o primeiro sobre times comandados por José Mourinho).

Com um jogador a mais e vantagem no placar, o Barcelona poderia ter matado o jogo. Mas tocou a bola em excesso, em alguns momentos de forma indolente. Perdeu a chance de matar o jogo e viu Mourinho armar o bote para pressionar o adversário mesmo com um a menos. De forma desordenada, o Real tentava surpreender, embora Adebayor tenha entrado muito mal no jogo. Até que a arbitragem deu penalti de Daniel Alves em Marcelo (duvidoso e absolutamente discutível) para que Cristiano Ronaldo empatasse no fim (primeiro gol do português sobre o Barcelona).

1 a 1 justo. Um bom começo e uma prévia interessante do que está por vir. Que serviu para o Barcelona garantir de vez o título espanhol. E serviu para o Real Madrid ver que é possível bater o grande rival com marcação forte e um pouco mais de capricho ofensivo.

Foi apenas o primeiro round. De um confronto que encantará e surpreenderá ainda mais.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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