Alta rotação e o fim da linha para Carpegiani

Se há um time "sem freio" no futebol brasileiro não é o Flamengo, nem o Coritiba, nem o Ceará. É (ou era) o São Paulo, de Paulo César Carpegiani. Ontem, mais uma vez, o time teve a alta rotação que o caracterizou na temporada. Novamente, não atingiu seu objetivo. Derrotado por 3 a 1 pelo Avaí, deu adeus à Copa do Brasil.

O jogo que se desenhava era de um Avaí que precisava buscar o jogo e que tentaria bater o adversário na raça, com o apoio de sua torcida. Com jogadores experientes que tem, cabia ao São Paulo tentar controlar o jogo e acalmar os ânimos. Com Lucas de volta ao meio-campo, não conseguiu.

O jogo foi bom. Bom para assistir. Bom para o Avaí. O jogo de ataques rápidos, onde nenhum dos times tinha a posse da bola, interessava ao mais fraco e a quem precisava surpreender. Os dois times tentavam chegar nas bolas esticadas pelos lados e por ali saíram os gols. Casemiro abriu o placar para o São Paulo, que mesmo com a vantagem ampliada, não diminuiu o ritmo. O Avaí virou rapidamente com William e Bruno. Alcançou o resultado que lhe interessava no início do segundo tempo, com Marquinhos Gabriel (único a marcar com os pés, mas também após bola alçada na área).

A necessidade de marcar passou para o São Paulo. Lucas já cansado e voltando de contusão, sumiu. Dagoberto, perdido entre os zagueiros também. Marlos entrou mal. O São Paulo precisava ter paciência com a bola, inteligência para tentar algo diferente. Mais uma vez, não conseguiu.

O Avaí mais uma vez consegue uma classificação para muitos improvável, dentro de casa. Também na Ressacada, decidirá uma vaga na decisão contra o Vasco. O trabalho de Silas mais uma vez surte efeito na Ilha. E é difícil imaginar até onde o Leão pode chegar.

Trabalho que não surtiu efeito foi o de Carpegiani no São Paulo. Embora ainda não oficialmente demitido, a diretoria já fala na busca de um novo técnico. Apesar de ter deixado definitivamente o "Muricybol" para trás, e de jogar futebol agradável, o São Paulo não teve alternativas e não atingiu os objetivos. Vida de time grande é assim.

O São Paulo é vencedor por natureza. Precisa de um técnico assim. No mercado hoje, não encontro nenhum. Dorival Júnior não vai sair do Atlético. Cuca definitivamente não tem o perfil campeão que o clube procura. Dunga é uma incógnita. Juvenal precisará ser criativo. E o São Paulo, se reinventar. Talvez em rotação um pouco menor.

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2 comentários:

danilo disse...

Então eu leio o blog sempre e torço pelo SPFC, mas sobre não ter nomes vencedores disponíveis no mercado eu discordo. Acho que o Bielsa seria uma ótima opção para o SPFC, um cara com visão e pulso para comandar este time. Abraços Danilo Xis

Vinicius Grissi disse...

Bielsa acertou com o Atlético de Madrid. É grande técnico, mas estrangeiros para dar certo no Brasil é muito complicado.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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