Pontos perdidos

Não havia outro resultado para o duelo fraco entre América e Cruzeiro, senão o empate. E se tivesse um vencedor, seria o América, não o Cruzeiro que voltou a adiar a reação e vai deixando para trás pontos que deixam o time distante da briga.


O primeiro tempo foi fraco e de poucas chances de gol. Postado mais uma vez no 4-3-1-2, o Cruzeiro tinha a bola mas não conseguia fazer nada diferente. Tocava, sem propósito, à espera de alguma jogada individual. Os laterais apareciam pouco à frente, Montillo não tinha a mesma inspiração do início do ano e os atacantes estavam encaixotados pela defesa adversária. O Cruzeiro só conseguia algo diferente quando a bola passava por Fabrício. A dinâmica do volante, embora erre demais, é fundamental para um Cruzeiro de poucas "novidades".



E foi numa boa movimentação de Fabrício que surpreendeu a defesa do América, que Montillo encontrou o volante sozinho para abrir o placar. Uma das poucas boas jogadas do primeiro tempo. E uma vitória "justa" para quem tentou jogar mais, mesmo não conseguindo.



O América variou taticamente durante o jogo. Começou no 3-5-2, com Amaral ocupando a ala direita devido à suspensão de Marcos Rocha. Era um time que bloqueava o Cruzeiro mas que com 3 zagueiros e 3 volantes não conseguia sair. Rodriguinho ficava perdido no meio dos volantes cruzeirenses e o time só chegava quando Fábio Júnior circulava com inteligência entre os zagueiros e volantes celestes, levando algum perigo.



No fim da primeira etapa o América já passou ao 4-4-2. Otávio virou lateral direito e os três volantes davam mais suporte à Rodriguinho. No segundo tempo, com a marcação adiantada o time cresceu. Não que jogasse bem, envolvesse o Cruzeiro ou nada parecido. Mas assim como foi a Raposa no primeiro tempo, o Coelho tinha a bola no campo ofensivo embora sem qualidade para ameaçar.



O gol, surgiu em outro lance esporádico. Chute cruzado que atravessaria a área não fosse o desvio de cabeça de Fábio Júnior que surpreendeu Fábio.



Com o empate, Cuca repetiu a estratégia de sempre. Trocou um volante por Dudu. O time seguiu preso, sem movimentação, sem conseguir ameaçar. O América voltou a recuar, um pecado para quem poderia ter vencido o jogo. Mesmo assim, ainda teve a melhor oportunidade, em chute de longe de Leandro Ferreira que acertou a trave.



No fim, o empate foi o resultado mais justo para dois times que parecem presos por amarras das quais não conseguem se soltar.



A diretoria do Cruzeiro garante a permanência de Cuca. Não me parece o mais correto. O Cruzeiro vai deixando para trás pontos fundamentais. E o técnico segue sem mostrar que conseguiu superar a derrota na Libertadores. O Cruzeiro hoje, parece realmente o Barcelona das Américas. Aquele Barcelona, de Guayaquil...


---
Curta o Marcação Cerrada no Facebook e fique por dentro das novidades do blog.

Um comentário:

Saulo disse...

E o Joel é da Raposa agora. Boa sorte pra ele.

Quadro Negro

Quadro Negro
O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

Marcação no Facebook

Marcadores Online

Marcação Arquivada

Desde Ago/2007

Marcação no Twitter