O acerto da lateral e a lenta evolução

O discurso neste espaço era: mais do que se classificar é preciso jogar bem e encontrar o caminho. A seleção de Mano teve imensas dificuldades, sofreu de maneira desnecessária, mas se classificou (e na liderança do grupo). Se não encantou, aos trancos e barrancos parece estar mais perto de se encontrar. Embora ainda falte um longo caminho.

Mano Menezes voltou a modificar o time. Como esperado, colocou Maicon na vaga de Daniel Alves. Embora eu tenha afirmado que não abriria mão de Daniel neste momento (nem que fosse para jogar como meia direita), é inegável o acerto de Mano. Maicon foi o melhor jogador do Brasil na partida e dificilmente sairá novamente da equipe.

Funcionalmente, o time foi melhor. Robinho e Neymar se movimentaram um pouco mais e abriram o corredor para os laterais. Principalmente Robinho pela direita. Sem fazer grande partida, o atacante do Milan foi fundamental nos espaços que Maicon teve para apoiar. E o fez muito bem, dentro de suas características: força física e chegada a linha de fundo.

Curiosamente, o primeiro gol saiu em lance isolado, com André Santos cruzando e Pato aproveitando. Mas falhas da defesa, e principalmente de Júlio César, teimaram em dificultar as coisas para o Brasil. Que no fim, graças também ao preparo físico ruim do time equatoriano, conseguiu alcançar o resultado que lhe servia.

Cobra-se de Messi, uma atuação de Barcelona. O mesmo acontece com Daniel Alves, Ganso, Neymar e cia. É preciso perceber, porém, que o conjunto facilita a individualidade. Quando a Argentina jogou parecido com um time de futebol, Messi encantou. Nos melhores momentos do Brasil, Ganso deu passes perfeitos e Neymar e Pato fizeram gols. O time fez o simples, para que os astros brilhassem.

Contra o Paraguai, o Brasil é favorito por tudo. Pela classificação, pela história, pelas peças. Mas as dificuldades tendem a crescer. O time perdeu a segurança defensiva que marcou o início do trabalho de Mano (Thiago Silva e Lúcio são caricaturas graças ao pouco combate dos atacantes, que sobrecarregam a dupla de volantes) e ainda não se encontrou ofensivamente.

Mais leve com a vitória e os gols, o Brasil pode (e deve melhorar). A questão a saber é o quão demorada será a melhora daqui em diante. No ritmo que está, a seleção chegará ao fim da Copa América sem chegar no estágio que poderia (e deveria).

PS: O mais correto agora é manter o time. Dar entrosamento para se aproximar do ideal. Inclusive no gol. Júlio César falhou de novo, não vive ótimo momento, mas entre os disponíveis para Mano, é a melhor opção disparada.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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