A nova cara do Barcelona e o desafio do Santos

Contra o Milan, o Barcelona jogava para garantir a primeira posição no grupo já que os dois já haviam confirmado a classificação para a próxima fase da Champions. E no duelo contra um adversário forte e experiente, Guardiola voltou a mostrar a nova faceta de um time que se reinventa mas não cansa de encantar.

Sem Piqué, Daniel Alves e Pedro, o técnico do time espanhol voltou a apostar no 3-4-3 que vem aparecendo com frequência nesta temporada. Puyol, Mascherano e Abidal formaram o trio defensivo. Busquets era o volante com Xavi à direita, Keita à esquerda e Thiago na ligação. A principal novidade foi na frente. Fábregas jogou como o "falso nove" para Messi dar velocidade do lado direito e aproveitar as limitações de Zambrotta.

Muda a tática, muda o posicionamento dos jogadores, mantém o estilo. O Barcelona continua sendo o time da marcação adiantada, da posse de bola "irritante", da movimentação extrema. Começou bem, dominou o jogo e abriu o placar em gol contra de Van Bommel após erro de Zambrotta, passe genial de Messi e "assistência" de Abidal (que mesmo como zagueiro, saía com inteligência pela esquerda).

Para tentar uma alternativa ofensiva, o Milan mudou. Boateng adiantou pela direita formando um 4-3-3 e deixando a defesa adversária sem sobra. Resultado: pressão de 10 minutos, gol perdido por Robinho e empate com Ibrahimovic.

Após o gol, o Barcelona também se reorganizou. Com Busquets recuando para a zaga e Messi mais centralizado, formou um inusitado 4-1-3-2 mantendo o padrão. No equilíbrio do jogo, marcou o segundo em penalti inexistente sobre Xavi e manteve a pressão no início do segundo tempo para definir o jogo, quando acabou levando o empate em ótima jogada individual de Boateng (o melhor do Milan). Mas novamente na individualidade de Messi, o Barcelona se colocou à frente: passe genial e gol de Xavi, cada vez com mais liberdade ofensiva e jogando mais perto do gol. Com o 3 a 2, o Barcelona controlou o jogo e tentou colocar velocidade com Pedro e Sánchez, mas acabou garantindo o resultado.

O impressionante é o quanto o Barcelona tem facilidade para mudar taticamente, mantendo os jogadores e o nível. Todos os atletas parecem aptos para fazer qualquer função com a mesma qualidade. Se reinventa para manter a qualidade e impedir o encaixe dos adversários.

O jogo mostrou algo importante para o Santos, que observa o adversário de olho no Mundial. Quando jogou no 4-3-3 contra o 3-4-3 de Guardiola, o Milan deixou o adversário em dificuldade. Pode ser um caminho (já testado por Muricy no Brasileiro) caso o adversário mantenha a tática na competição.

O grande problema será marcar o adversário e principalmente seu principal craque. Sem Adriano, óbvio "cão de guarda" na marcação de Messi, o Santos penará defensivamente. A zaga lenta e um meio-campo que joga e deixa jogar não é o caminho para enfrentar um adversário de tão alto nível. E este é o grande desafio para time e treinador santista.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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