A imprevisível decisão e a história em Munique

Duas semanas atrás, a imensa maioria apostava numa (provável) final entre Barcelona e Real Madrid. E a graça do futebol é exatamente a imprevisibilidade. E ela que colocará Chelsea e Bayern frente a frente no dia 19, em Munique. Antes de mais nada, que se diga algo importante. Se a tendência apontava para uma final espanhola, não quer dizer que os classificados são ruins. Ingleses e alemães são fortes, tem grandes jogadores e prometem um grande duelo, embora cheguem cheios de desfalques.

O jogo de hoje, no Bernabeu, foi muito diferente do de ontem. Porque os dois times tinham propostas parecidas e corajosas. Real Madrid e Bayern propuseram-se a jogar no ataque, apostando na velocidade e qualidade de seus homens de frente. Jogo franco, corrido, interessante. E que reforçou a tese de que o Barcelona ainda é o melhor time do planeta. Diferente do que acontece contra os catalães, os grandes times normalmente se encaram, fazem seu jogo. Ficará ainda mais claro quando observarmos a postura, certamente mais agressiva, do Chelsea na decisão.

Contando com a força da torcida e com um craque impressionante, o Real abriu vantagem cedo e deu a impressão de que poderia golear. Dois gols de Cristiano Ronaldo, de números e desempenho impressionantes na temporada. Um monstro, que pode até mesmo superar Messi como o melhor do mundo em dezembro. Não será tão surpreendente assim.

Mas o Bayern foi valente. Se expôs, empilhou chances perdidas com Ribery, Robben e Gomez. Até diminuir em um dos dois penaltis discutíveis marcados pela arbitragem em Madrid. 2 a 1 que levava o jogo para a prorrogação e deixava o Real em posição desconfortável graças à estúpida regra do gol qualificado.

Sabendo que um gol deixaria seus planos muito distantes, o time de Mourinho diminuiu o ritmo na etapa final. E o Bayern passou a controlar o jogo como já havia feito na Alemanha, embora não agredisse tanto. O medo de perder tornou-se maior que o desejo de ganhar. Ambos sabiam que um gol tornaria a situação praticamente irreversível.

Assim, em ritmo mais lento, levaram o jogo para a disputa de penaltis. Pouco antes, Kaká entrou e justificou a pouca confiança de Mourinho em seu futebol, errando simplesmente todas as jogadas na grande chance que teve no ano.

Na hora de decidir, brilhou Neuer. O grande goleiro do Bayern garantiu a classificação com duas defesas e contando com um tiro de meta de Sérgio Ramos. Os bávaros terão a esperada chance de decidir em casa.

Fator preponderante, que coloca os alemães como favoritos para a decisão. Uma pena que os dois times tenham tantos suspensos e jogarão bem desfigurados. Depois do que se viu nas semifinais, porém, é bom não duvidar de Drogba, Ramires e sua turma numa improvável, mas certamente ótima decisão no dia 19.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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