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Vencer o Barcelona é possível, porém muito difícil. É preciso uma estratégia bem definida, eficiência e erro zero. Tudo isto, aliado a uma boa dose de sorte. Parece exagero, mas não é. Assim como não é exagero dizer que a tarde foi perfeita para o Chelsea, que venceu por 1 a 0 no Stamford Bridge e conseguiu vantagem considerável para chegar à decisão da Champions.

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Valeu pouco, tecnicamente, o último amistoso da Seleção Brasileira diante da Tanzânia. O 5 a 1 veio sem grandes dificuldades. Por mais que queiram implicar que sofremos pressão em determinados momentos do jogo, a vitória foi tranquila e soberana.

O nosso teste final para a Copa do Mundo, mostrou algumas coisas importantes, e é isto que precisa ser visto neste momento, tão perto da competição mais importante.

Temos um time pronto. Entrosado, bem armado e preparado para os desafios. Taticamente bem resolvido. Só vejo a Espanha e a Holanda perto do Brasil neste aspecto. A base brasileira veio sendo montada ao longo dos últimos 4 anos e sofreu poucas mudanças. Os outros concorrentes de peso no Mundial, são feitos pelas qualidades individuais, e não pelo time.

Outra grande vantagem foi perceber que Dunga enxerga alternativas interessantes. Com Ramires na cabeça de área, o time ganha em velocidade, qualidade e mobilidade. É uma ótima alternativa. Assim como a entrada de Nilmar em sua posição original, como centro-avante e não na vaga de Robinho (onde também pode ser muito bem utilizado). Todos pensavam que apenas Grafite jogaria na vaga de Luís Fabiano. Com Nilmar, porém, ganhamos uma característica diferente e um ataque mais leve.

Exigir de Dunga estas mudanças na equipe titular é perder tempo. Primeiro porque a formação não foi testada contra grandes adversários (ou agora o jogo contra a Tanzânia vale alguma coisa?). Mas o simples fato de Dunga estar testando variações interessantes como esta, anima. Não teremos um time tão burocrático como pensávamos, onde sempre trocamos seis por meia-dúzia.

Por fim, o jogo de ontem mostrou outra coisa: Doni e Kléberson foram para a África a passeio. Pura gratidão, mesmo. Dunga não conta com eles e mostrou isto nestes dois amistosos.

Estamos prontos. Que venha a Copa do Mundo!

Ele nem precisava ser convocado para a Seleção para valer muito no mercado internacional. Mas curiosamente, no dia de sua primeira convocação para a Seleção principal, Ramires deixa de ser um jogador "brasileiro".

O Cruzeiro acertou ontem a venda do jogador ao Benfica, de Portugal, por 7,5 milhões de euros. E não me venham com "foi pouco". O mercado é outro, no momento. Não é nenhuma mixaria. Vale lembrar que Alex, o melhor jogador da última temporada no país, saiu por "apenas" 5 milhões no início do ano.

Mais um bom negócio do Cruzeiro, que era dono de 70% do jogador e ficará com 80% da grana (o restante vai para o Joinville).

Ramires ficará no clube até o fim da Libertadores (fica fora uma parte, devido à Copa das Confederações) e poderá ser muito útil em uma possível conquista da Raposa.

Ramires não é nenhum craque. Mas é um jogador de características muito particulares. É muito veloz, tem passadas largas, mas não é desengonçado. Se não prima pela técnica, prima pela vontade. Vontade de melhorar a cada dia. Assim, começou a passar muito bem e finalizar cada dia melhor (é vice artilheiro do Cruzeiro na temporada).

O meia vai brilhar na Europa. Não tenham dúvidas. Eu não tenho.

O Brasil perde mais um grande talento.

Dunga está melhorando aos poucos. Não como treinador. Mas pelo menos como "convocador".

E guardem para depois o chororô dos clubes que vão ficar sem seus craques. Tenho certeza que pelo menos um time vai reclamar depois da eliminação e culpar a seleção. Falta 1 ano para a Copa do Mundo e esta é a última chance de Dunga conviver com o grupo e testar algumas peças. Depois da Copa das Confederações, serão apenas amistosos ou jogos isolados, provavelmente. E no mínimo 80% do grupo atual, estará na África do Sul em 2010.

Quanto à convocação:

Gomes não vive grande fase. No Brasil, há goleiros melhores. Como o próprio Victor, justamente chamado. É um goleiro fantástico. Não faz firula mas é regular como poucos. Fábio (Cruzeiro) e Bruno (Flamengo) também faziam por merecer uma vaga. Mas está bem.
Na lateral esquerda, André Santos vive seu pior momento nos últimos anos. Mas merece ser testado. Assim como Fábio Aurélio, que infelizmente, segue fora da lista. Kléber já deu à seleção o que poderia dar. Esta é a posição mais indefinida no momento.

Na zaga, em que pese o excesso de lesões, Juan é ótimo zagueiro. Será o titular da Copa, se o corpo permitir. Mas poderia ficar fora no momento, dar chance pra quem anda com 100% da forma física, como Miranda.

Podem reclamar o quanto for. Gilberto Silva e Josué vão para a Copa do Mundo. Aos poucos, pelo menos, vão perdendo espaço no time titular. O segundo, vive fase extraordinária, diga-se de passagem. Não se pode dizer o mesmo de Gilberto. Ótima a convocação de Ramires. E coerente. O jogador hoje, é meia no Cruzeiro. Vai disputar a posição com Elano. E tem bola para ser titular, porque vive um momento mágico. Ronaldinho ficar de fora é normal. Seria uma aberração se ele estivesse dentro.

Na frente, não havia como levar Ronaldo. Ainda não é o momento. Certíssima a escolha do craque Nilmar. Craque sim. É um baita jogador. E precisa agarrar esta, sua última chance com a camisa amarela.

A lista completa, e quase impecável, é esta:

Todo mundo encarou na base da piada. Ninguém levou a sério. Mas é verdade e está confirmado. Petkovic é o "novo" "reforço" do Flamengo para o Brasileirão.

A contratação veio diretamente da presidência. Sem aprovação do departamento de futebol. Cuca não seria maluco. O sérvio, receberá 70 mil reais por mês, mas deixará de confiscar parte da receita rubro-negra.

Não acredito que será muito utilizado. As últimas aparições do jogador no Santos e Atlético-MG, provam que será difícil. Petkovic é um ex-jogador em atividade há pelo menos quatro anos. E no ambiente do clube, pode trazer ainda mais problemas, para um já conturbado elenco.

E ele chegou falando em ser herói de mais um título brasileiro...

Agora falando de contratação séria, Ramires está mesmo de saída do Cruzeiro. O volante tem três clubes interessados. Werder Bremem, Benfica e CSKA. Os russos tem menos chances. Ramires gostaria de jogar na Alemanha. Mas atrai a idéia de jogar em Portugal, onde não terá problemas com a língua.

Certeza, apenas uma. Após a Libertadores, o volante será vendido.

Um motivo, facilita a negociação. O empresário de Ramires, Wilson Gottardo, quer deixar a profissão e se dedicar à carreira de treinador. Por isso, pressionou a venda de Alex (Internacional), e agora quer vender Ramires, seu último atleta de renome. É fazer o pé de meia, antes de procurar novos rumos. E os clubes brasileiros ficam na mão.

Com o fim dos principais campeonatos na europa, as notícias já pipocam a todo instante nos programas e sites esportivos espalhados pelo Brasil. Algumas verdades. Algumas idéias meramente especulativas...

Chicão negou, mas está mesmo próximo de deixar o Corinthians. O ótimo zagueiro, já tem acertadas as bases com o Benfica para a próxima temporada. Falta o acerto com o Corinthians. O valor oferecido? 1,5mi de euros. Nada. Não se contrata um zagueiro do nível de Chicão com este dinheiro. E o Corinthians, que não tem um substituto à altura no elenco, terá sérias dificuldades para encontrar fora dele. Mas como quem manda é o dinheiro...

Para substituir Chicão, o Corinthians já sonha com Lima, ex-Atlético-MG, atualmente no Bétis. É um bom zagueiro. Mas que convive com seguidos problemas de lesão nos últimos anos. Viria por empréstimo, provavelmente até o fim do ano. Pode ser um bom negócio, se o zagueiro vier bem fisicamente.

No Cruzeiro, a bola da vez é Ramires. E é praticamente certo que o volante não jogará o segundo semestre no time mineiro. A proposta, dizem as más linguas, é do mesmo Benfica que quer Chicão. 7,5mi de euros. Para muitos, é pouco devido ao valor de mercado do atleta. Mas é um bom dinheiro, que o Cruzeiro à esta altura, não tem como recusar. E por isso, deve sacramentar o negócio. Ramires, não é nenhum Deus tecnicamente. Mas é mais que fundamental no esquema do time mineiro. Que terá que procurar outra forma de atuar sem ele. Não há substitutos à altura.

Por fim, a pior ou mais engraçada notícia. O Flamengo, está próximo de acertar o retorno de Petkovic. Só pode ser brincadeira. Gozação das bravas. Eu passo.

No último Brasileirão, sem dúvidas os volantes foram os destaques. Por isto, confesso que pensei até em colocar três na seleção. Poderia até ser justo, mas acabei optando por não fugir do padrão. A vontade voltou à tona quando, terminada a enquete para escolher os melhores volantes, houve empate na segunda colocação. Hernanes, foi eleito, com 31 votos. Diga-se de passagem, o primeiro bi-campeão da nossa seleção. Foi escolhido, ao lado de Richarlysson, no ano passado. Com seis votos a menos, ficaram Rafael Carioca, do Grêmio e Ramires, do Cruzeiro. Mas vou ficar mesmo com apenas dois volantes. O voto de minerva, será meu, e Ramires ocupará um lugar no meio-campo da Seleção Marcação Cerrada do Brasileirão.

Quem foram os 2 melhores volantes do Brasileirão?

Total: 129 votos

A Seleção agora já tem:
1 - Víctor (Grêmio)
2 - Vítor (Goiás)
3 - Réver (Grêmio)
4 - André Dias (São Paulo)
6 - Juan (Flamengo)
5 - Hernanes (São Paulo)
8 - Ramires (Cruzeiro)

Agora, é hora de decidir quem serão os dois meias do nosso time:

Alex (Internacional) - Sem dúvidas, o ano foi do meia. Brilhou, marcando gols e jogando como nunca tinha feito na carreira.

Cleiton Xavier (Figueirense) - Mais um bom campeonato do meia, que firmou-se como bom jogador e garantiu vaga no Palmeiras em 2009.

Diego Souza (Palmeiras) - Apesar dos altos e baixos durante a competição, Diego encontrou seu espaço no campo e mostrou-se importante para o time após a saída de Valdívia.

Edno (Portuguesa) - Uma das poucas e gratas surpresas da rebaixada Portuguesa no Brasileirão, Edno é cobiçado por grandes clubes do país neste início de ano.

Hugo (São Paulo) - Deu a volta por cima. De desprezado no início do ano, tornou-se peça importante na engrenagem do campeão brasileiro.

Ibson (Flamengo) - As vezes foi volante. Mas quando jogou em sua verdadeira função deu show, como na goleada por 5 a 2 sobre o Palmeiras.

Lúcio Flávio (Botafogo) - O grande comandante do Botafogo. Apesar da campanha medíocre de seu time, Lúcio mostrou toda sua qualidade mais uma vez.

Renan Oliveira (Atlético-MG) - Uma das gratas revelações da competição. Renan Oliveira era atacante, mas foi como meia que ele se encontrou no time atleticano.

Tcheco (Grêmio) - Conseguiu suprir muito bem a saída de Roger e tornou-se um dos principais jogadores do vice-campeão.

Wágner (Cruzeiro) - Um jogador próximo da maturidade. Fez muita falta ao Cruzeiro, quando ficou fora da equipe.

Quem foram os 2 melhores meias do Brasileirão?

Alex (Internacional)

Cleiton Xavier (Figueirense)

Diego Souza (Palmeiras)

Edno (Portuguesa)

Hugo (São Paulo)

Ibson (Flamengo)

Lúcio Flávio (Botafogo)

Renan Oliveira (Atlético-MG)

Tcheco (Grêmio)

Wágner (Cruzeiro)

Ele sobrou na rodada. Foi o principal destaque do Flamengo na goleada sobre o Palmeiras por 5 a 2. Ibson, entra pela primeira vez na lista de Destaque da Rodada do Marcação Cerrada. É o quinto jogador do Flamengo. Não vai ganhar o prêmio de Destaque do Campeonato. Mas faz parte de uma lista seleta. Confira:

Michael (Coritiba) - 1ª rodada
Kléber Pereira (Santos) - 2ª e 24ª rodadas
Guilherme (Cruzeiro) - 3ª, 16ª e 32ª rodadas
Fernando Henrique (Fluminense) - 4ª rodada
Marcinho (Flamengo) - 5ª rodada
Marcel (Grêmio) - 6ª rodada
Wéldon (Cruzeiro) - 7ª rodada
Obina (Flamengo) - 8ª rodada
Alex (Internacional) - 9ª e 21ª rodadas
Bruno (Flamengo) - 10ª rodada
Juan (Flamengo) - 11ª rodada
Durval (Sport) - 12ª rodada
Alex Terra (Goiás) - 13ª rodada
Nilmar (Internacional) e Perea (Grêmio) - 14ª rodada
Maikon (Santos) - 15ª rodada
Keirrison (Coritiba) - 17ª, 19ª, 26ª e 28ª rodadas
Iarley (Goiás) - 18ª rodada
Pedro Oldoni (Atlético-PR) - 20ª rodada
Alex Mineiro (Palmeiras) - 22ª rodada
Diego Souza (Palmeiras) - 23ª rodada
Guiñazu (Internacional) - 25ª rodada
D´Alessandro (Internacional) - 27ª rodada
Washington (Fluminense) - 29ª rodada
Rogério Ceni (São Paulo) - 30ª rodada
Edmundo (Vasco) - 31ª rodada
Dagoberto (São Paulo) - 33ª rodada
Borges (São Paulo) - 34ª rodada
Ibson - 35ª rodada

Confira o resultado final da enquete:
Quem foi o destaque da 35ª rodada do Campeonato Brasileiro?

A 36ª rodada foi de goleada também. A bola da vez foi o Coritiba, que coloca dois candidatos entre os concorrentes. Escolha o seu:

Marlos (Coritiba) - Deu passe para dois dos 5 gols do Coxa. Foi o principal articulador das jogadas ofensivas do time que goleou o Santos.

Keirrison (Coritiba) - Quem faz três gols garante vaga entre os destaques. Keirrison fez mais. Marcou logo 4. E provou porque é o principal favorito para ser o destaque do Brasileirão.

Ramires (Cruzeiro) - Uma assistência e um gol. Que deixaram o Cruzeiro mais perto de uma das vagas na Libertadores, depois de bater o Flamengo.

Quem foi o destaque da 36ª rodada do Campeonato Brasileiro?

Marlos (Coritiba)

Keirrison (Coritiba)

Ramires (Cruzeiro)

Alex Silva acertou a saída do São Paulo. O jogador assinou por 5 anos com o Hamburgo, da Alemanha. Já disse que, assim como o irmão, espera se firmar na Europa e não voltar mais ao Brasil. O São Paulo, como sempre, segue com bons zagueiros. Mas sem dúvida, o Pirulito, vai fazer falta ao time.

Thiago Neves não admite, mas existem fortes indícios sobre a saída do jogador. O destino, seria o Atlético de Madrid. A negociação deve ser fechada nas próximas horas, apesar da conversa do jogador de que "está no melhor time do mundo e não pensa em sair". Este sim, vai fazer muita falta ao Flu, na luta contra o rebaixamento.

Ramires nega. A diretoria do Cruzeiro também. Mas a presença do procurador Gotardo, hoje, na Toca da Raposa, pode ser um indício da iminente saída do jogador. O futebol alemão seria o destino. Werder Bremem ou Herta Berlim. Não fez tanta falta ao Cruzeiro enquanto esteve fora. Mas é um jogador de alto nível.

E não são só os "Olímpicos" que fazem as malas. O Inter deve aceitar nesta quarta-feira uma proposta do Zaragoza por Nilmar. 14 milhões de euros. Irrecusáveis. Porém, a diretoria gaúcha espera que consiga fazer com que o jogador fique no clube até o fim do ano. Um jogador fantástico. Que tinha tudo para já brilhar lá fora, não fossem as seguidas contusões.

Interessante observar os primeiros times na tabela de classificação do Brasileirão e ver que, invariavelmente, todos têm volantes que sabem jogar. São jogadores tidos atualmente como “modernos”, que defendem com eficiência e, muito mais do que se livrar da bola passando aos meias, têm visão de jogo e ajudam na armação e na ocupação de espaços quando a equipe tem a bola.

São jogadores que se adaptam facilmente a qualquer tipo de jogo, podendo endurecer em jogos truncados e ajudar a girar a bola em jogos abertos. Exemplo dessa importância é a ida de Ramires, do Cruzeiro, e Hernanes, do São Paulo, para as Olimpíadas de Pequim. Falando em Seleção Olímpica, os meias tidos como volantes na lista de convocação têm qualidade inquestionável e jogam mais bola que muito “camisa 10” em atividade no Brasil.

A “modernização” dos volantes é, na verdade, uma “reestilização retrô” do futebol desse setor. Após a década de 90, quando muito se valorizou o brucutu na entrada da área, volta a valer o estilo de jogo dos tempos áureos do futebol brasileiro. Ótimo exemplo é Gérson, o “Canhotinha de ouro”, cabeça-de-área da seleção do tri em 1970. Podemos citar também a famosa seleção de 82, com Cerezo, Falcão e Sócrates formando o meio ao lado de Zico. Há quem diga que foi esse o problema daquele time: a falta de um volante mais pegador na formação da equipe. Prefiro acreditar que não era pra ser mesmo, assim como os quase-gols de Pelé – um chute do meio-de-campo e outro no drible de corpo contra o Uruguai.

Quando se é genial, mesmo no fracasso se entra para a história.

Robinho não vai para os Jogos Olímpicos. O papo de contusão é balela. Na verdade, a intenção do Real Madrid é negociá-lo com o Chelsea. Para isto, porém, espera fechar a contratação de um novo "ídolo" para a torcida. Kaká continua sendo o preferido.

Com o corte de Robinho, Dunga optou por chamar o versátil volante do Cruzeiro, Ramires. Um bom jogador, que merecia uma chance, mas que não seria minha opção no momento. Um atacante que exigisse respeito, talvez valesse mais.

De toda forma, Ramires se junta aos outros jogadores "brasileiros" ainda hoje para apresentar-se ao time. São 6, no total. Que podem desfalcar seus times no Brasileirão por até 9 rodadas, caso o Brasil chegue à decisão. Fluminense e São Paulo são os mais prejudicados, pois perdem dois jogadores cada: Thiago Silva e Thiago Neves (Fluminense), Hernanes e Alex Silva (São Paulo). Além do Cruzeiro, que perde Ramires, o Inter perde a segurança do goleiro Renan.

Tecnicamente, ao meu ver, o grande prejudicado é o Flu. E para você? Quem perde mais?

Este seria meu grito, se estivesse no lugar de Adilson Batista, ontem, no comando do Cruzeiro. Direcionaria os gritos para a torcida, que voltou a pegar no pé do treinador, no clássico contra o Atlético-MG. Antes de chegar aos motivos, é preciso contar a história do jogo.

O Cruzeiro começou com ritmo alucinante. Sufocou o rival, que não conseguia passar do meio-campo. Foram 5 escanteios nos primeiros minutos de jogo. E o Atlético não conseguia trocar mais do que 3 passes seguidos.

Porém, não era possível manter este ritmo durante 90 minutos. O Cruzeiro afrouxou a marcação na saída de bola e o Galo conseguiu ganhar terreno. Mas não conseguia chegar. Os dois laterais eram improdutivos ofensivamente e as principais armas, Danilinho e Petkovic, estavam muito bem marcados por Marquinhos Paraná e Fabricio.

No Cruzeiro, a principal arma era Jadílson. O lateral deixou sem rumo o lateral direito atleticano Mariano. Com a ajuda de Wágner, fazia o Cruzeiro chegar constantemente à área atleticana. Mas faltava um bom finalizador. Aos poucos, também, ficou mais difícil chegar por ali. O Cruzeiro era previsível. Não tinha lateral direito, já que Marquinhos Paraná fora deslocado para o setor esquerdo da defesa, já que Danilinho jogada por ali.

Quando parecia que o gol do Cruzeiro era questão de tempo o Atlético chegou. Falha de Charles e Espinoza (apenas uma das inúmeras do zagueiro), Danilinho aproveitou e abriu o placar. Festa atleticana, que durou pouco. Apenas 3 minutos depois o Cruzeiro empatou com Thiago Martinelli, o melhor em campo. E poderia ter virado, não fosse o chute fraco de Fabinho, que Édson defendeu fácil. Foi a gota d´água para a torcida, que pediu Jajá.

As duas equipes voltaram iguais para o segundo tempo. Mas o jogo voltou diferente. Moroso. Chato. Sem emoção. Alexandre Gallo resolveu tentar o gol. Sacou um lateral, um meia e um atacante e colocou três homens de frente. Almir seria um armador que chegava ao ataque, Castillo o centro-avante e Marques o ponta, pela esquerda. E assim, o time do Atlético-MG tentava explorar o lado direito do Cruzeiro, que não tinha ninguém. Adilson também mexeu. Sacou Fabinho e colocou Gérson Magrão, que entrou muito mal na partida. Sobrou vontade e passes errados. Depois, tirou o ótimo Jadílson para colocar o lateral direito Jonathan. Gritos de "burro" foi o que mais amistoso ouviu da torcida.

Torcida que não conseguiu enxergar o jogo. O lado esquerdo do Cruzeiro estava muito bem marcado. Jadilson estava cansado. E o Atlético tinha muito espaço pelo lado direito celeste, com Marques e Renan. Com Jonathan no time, o Cruzeiro dominou as ações. Não deixava o adversário chegar ao ataque, e mantinha a posse. Mas não conseguia levar perigo, principalmente porque faltava um homem de frente. Gérson Magrão era um meia pela esquerda e Wéldon abria pelo lado direito. O Cruzeiro chegava pelos lados mas a bola passava pela área. Aí, Adilson optou por colocar o grandalhão Rômulo, na vaga de Wéldon. Mais uma vez, foi criticado pela torcida, que queria o velocista Jajá.

Rômulo teve pouco tempo. Pouco produziu. Acabou perdendo uma ótima chance, chutando por cima. Logo depois, lançamento de Fabricio e a bola sobrou para Ramires, o pior jogador em campo, que deu apenas um toque, na saída de Edson e definiu, nos acréscimos, o placar final. Vitória do Cruzeiro por 2 a 1. A terceira, em quatro jogos contra o rival em 2008. Um belo presente de centenário.

No Atlético-MG, mais uma vez, a sombra da zona do rebaixamento incomoda. Alexandre Gallo vem fazendo um bom trabalho, mas o elenco é fraco. Os volantes são fracos, não há lateral esquerdo e Mariano é peça nula pela direita. Além disso, os atacantes não empolgam e o time não tem velocidade com Petkovic no meio. Vai ter muito trabalho para lutar pela permanência na Série A do ano que vem.

Já o Cruzeiro, volta à segunda posição. Apesar da hostilidade da torcida, Adilson segue tranquilo, fazendo seu trabalho, que é ótimo. Todos os treinadores estão sujeitos a errar. Por isso, é importante não apenas olhar as peças que estão sendo trocadas ou colocadas, mas sim a intenção. E nisso, Batista tem sido perfeito e importante para colocar a Raposa na briga pelo título. Os resultados provam que ele está certo e a torcida, errada.

Palmeiras e Cruzeiro decepcionaram nesta quinta, e acabaram não ficando na posição esperada na tabela.

Jogando em casa, o Palmeiras apenas empatou com o Figueirense. Mais uma vez, o time sentiu falta de uma rápida saída de bola, ficou preso na marcação do adversário e não conseguiu render o esperado. O time de Luxemburgo precisa de um jogador com saída mais ágil para render. Valdívia não esteve bem, o que mais uma vez, prejudicou muito o rendimento da equipe. A boa participação de Wilson e Cleiton Xavier, garantiu um importante ponto fora de casa para o Figueira.

No Vale do Aço, o Ipatinga manteve o crescimento. Empatou mais uma vez, agora com o Cruzeiro. Chegou a vencer o jogo por 2 a 0, mas descuidou-se na reta final e acabou cedendo o resultado. A vantagem da Raposa é que os concorrentes também não foram bem, e o time se manteve na terceira colocação. Mas os três jogos sem vencer já deixam a torcida preocupada para o clássico de domingo, contra um rival em ascenção. Vale destacar ainda o fraco (mais uma vez) futebol apresentado pelo volante Ramires.

Já o Vasco, deixou orgulhoso o novo presidente. Goleou o Sport por 4 a 0, e afastou ainda o fantasma da disputa de penaltis pela Copa do Brasil. Destaque para o belíssimo gol de Pablo e para o ótimo segundo tempo do cruzmaltino, que consegue importante subida na tabela. Resta saber se manterá a forma. No domingo, um difícil clássico contra o Flamengo. Já o Sport, mantém a fama de time caseiro. A Ilha do Retiro é que vai mesmo fazer a diferença no fim.

29 de abril de 2007. Atlético-MG 4 x 0 Cruzeiro. Galo campeão mineiro.
27 de abril de 2008. Atlético-MG 0 x 5 Cruzeiro. Cruzeiro campeão mineiro.

Durou pouco menos de um ano a festa atleticana. O Cruzeiro devolveu com juros a goleada da final do Campeonato Mineiro passado. E devolveu com sobras. Se não tivesse pisado no freio, principalmente nos primeiros 15 minutos da etapa final, poderia ter alcançado uma vantagem ainda maior.

E tudo deu certo para a Raposa. A marcação foi impecável, em tarde brilhante de Marquinhos Paraná. Espinoza também esteve muito bem. No ataque, jogadores essenciais voltaram a brilhar. Com liberdade, Jadílson e Ramires voltaram a ser decisivos. Com a bola nos pés, Wágner mostrou ser o camisa 10 que a torcida espera. Guilherme e Marcelo Moreno mostraram que são mesmo uma dupla promissora de frente. Méritos também para o técnico Adílson Batista. Brilhante na montagem do time.

Para o Atlético, poucos dias para juntar os cacos. É preciso vencer o Náutico para tentar salvar o centenário. Depois de ser engolido no clássico, sobra para o mediano time atleticano sonhar com a Copa do Brasil. Para vencê-la precisará melhorar. Muito.

Campeão também em São Paulo. O Palmeiras venceu a Ponte por 1 a 0. Gol esperto de Kléber. Ainda não vi o VT do jogo, por isso não vou me aprofundar. Pelos melhores momentos, qualquer resultado seria justo. Marcos continua brilhando no gol palmeirense. Repito: é o melhor goleiro do Brasil no momento. Por ele, pela volta de Martinez, pelo Palestra Itália cheio, e por Vanderley Luxemburgo, o Palmeiras é campeão paulista. A Ponte tem um bom time. Mas incapaz de vencer a partida decisiva por 2 gols de diferença.

Espaço aberto também para parabenizar os torcedores do ABC de Natal. Campeão do século passado, e campeão mais uma vez. É o time com mais títulos estaduais no Brasil. Ontem, empatou com o Potiguar por 2 a 2 para assegurar mais um caneco.

Não é a primeira vez que o jovem volante contratado pelo Cruzeiro junto ao Joinville é pauta aqui no Marcação Cerrada. Hoje, ele é o título do post que fala sobre a classificação do Cruzeiro à fase de grupos da Copa Libertadores. Ontem, o time mineiro venceu o Cerro Porteño por 3 a 2, em partida de 64 minutos, uma vez que a partida foi encerrada aos 24 minutos do segundo tempo, graças ao vandalismo dos torcedores paraguaios. Com isto, o Cruzeiro classificou-se com uma soma de 6 a 3 nas duas partidas.

Depois de vencer o primeiro jogo com margem confortável de gols, o Cruzeiro não se intimidou no Defensores del Chaco. Partiu para cima, marcou o Cerro em seu campo, e não teve dificuldades para abrir o marcador logo no início da partida com Thiago Heleno. O gol desnorteou os paraguaios e a Raposa poderia facilmente ter marcado mais dois ou três tentos ainda no primeiro tempo. Uma mudança de última hora, deixou o time mais leve. Leandro Domingues não foi bem na partida, mas é um jogador de grande qualidade. A intenção é que ele fizesse com Marquinhos Paraná, pelo lado direito, parceria parecida com a de Wágner e Jadilson pela esquerda. Adílson mostrou visão, e aos poucos vai mostrando ser realmente um grande treinador. O time do Cruzeiro é leve, chega rápido ao ataque, marca na frente, e o mais importante: é um time de muita raça, que marca de perto e chega junto.

Porém aos poucos o time amoleceu. No final do primeiro tempo, o Cerro chegou ao empate e poderia ter virado. Mas na volta para a segunda etapa, a entrada de Fernandinho no time, deu ainda mais força ao lado esquerdo celeste. E foi por lá que o time chegou ao segundo gol. Contra-ataque puxado pelo lateral-meia que havia acabado de entrar, e Ramires sofreu penalti. Marcelo Moreno fez o segundo. Pouco depois, outro contra-ataque e Wágner deixou Ramires sozinho para fazer o terceiro e sacramentar de vez a classificação. Desesperado o Cerro não sabia o que fazer. O jogo ganhou ritmo de treino. Conseguiu marcar um gol, mas foi pouco. Até poderia ter chegado ao empate ou levar uma grande goleada, mas a torcida impediu que o time tivesse os 20 minutos finais para buscar alguma coisa.

O Cruzeiro se classificou com justiça absoluta na Libertadores. O Cerro não tem uma péssima equipe, mas o forte dos paraguaios é a força. É um time que bate muito e joga pouco. Tem alguns jogadores lisos, leves, mas é muito pouco para ir longe em uma competição como esta. O Cruzeiro tem tudo para se classificar na próxima fase, mostrou que tem time e alternativas para isto. Principalmente, se continuar contando com a ótima fase de Ramires. Não pelos 3 gols em dois jogos na competição. Pelo futebol vistoso, que ganha em personalidade a cada partida. Mas sim pelo posicionamento sempre perfeito em campo. Ramires chega muito bem ao ataque. É rápido, e um homem surpresa digno de todos os elogios deste blog. Além disso, cumpre papel muito importante na marcação. É peça fundamental do time montado por Adilson Batista, candidato em breve à Seleção Brasileira. Na Olímpica, são favas contadas.